O relevo corresponde às variações que se apresentam sobre a camada
superficial da Terra. Assim, podemos notar que o relevo terrestre apresenta
diferentes fisionomias, isto é, áreas com diferentes características: algumas
mais altas, outras mais baixas, algumas mais acidentadas, outras mais planas,
entre outras feições.
Para
melhor analisar e compreender a forma com que essas dinâmicas se revelam, foi
elaborada uma classificação do relevo terrestre com base em suas
características principais, dividindo-o em quatro diferentes formas de relevo:
as montanhas, os planaltos, as planícies e as depressões
PLANALTOS
Planaltos são
formas de relevo que apresentam superfícies mais ou menos planas e
geralmente acidentadas e irregulares.
Os morros são formas de
relevo com topos arredondados e altitudes entre 300 e 900 metros
Já as serras são formas geralmente
alongadas, com fortes desníveis, cujas altitudes podem variar de 600 a 3000
metros.
As chapadas são formas com
escarpas e topo plano. São constituídos em grande parte por camadas de arenito
e em geral situam-se em altitudes acima dos 600 metros.
PLANÍCIE
São áreas planas e com baixas
altitudes, normalmente muito próximas ao nível do mar. Encontram-se, em sua
maioria, próximas a planaltos, formando alguns vales fluviais ou constituindo
áreas litorâneas. Caracterizam-se pelo predomínio do processo de acumulação e
sedimentação, uma vez que recebem a maior parte dos sedimentos provenientes do
desgaste dos demais tipos de relevo.
DEPRESSÕES
São áreas rebaixadas que apresentam
as menores altitudes da superfície terrestre. Quando uma localidade é mais
baixa que o seu entorno, falamos em depressão relativa, e quando ela se
encontra abaixo do nível do mar, temos a depressão absoluta. O mar
morto, no Oriente Médio, é a maior depressão absoluta do mundo, ou seja, é a
área continental que apresenta as menores altitudes, com cerca de 396 metros
abaixo do nível do mar.
TRANSFORMAÇÕES
DO RELEVO – AGENTES INTERNOS
As forças que atuam do interior para o
exterior da Terra. Modificando a superfície do planeta, são provocadas pelos agentes
internos ou endógenos. Os principais agentes endógenos são os movimentos
das placas tectônicas, as erupções vulcânicas e os terremotos. Todos
eles atuam na formação e na transformação do relevo terrestre e são também
responsáveis pela origem de algumas formas, como as montanhas, as depressões e
os vulcões.
As
montanhas são formadas pela ação das placas tectônicas, que se chocam e geram
na superfície dobras ou soerguimentos.
As
montanhas são classificadas por diversos autores de acordo com vários
critérios, como origem, idade, altitude. A classificação mais comum está
relacionada à origem. Segundo esse critério, as montanhas podem ser:
1. Montanhas de falhas: são originadas a
partir de um falhamento na crosta terrestre. Quando dois blocos colidem,
provocam rupturas nas rochas, originando as falhas, e um dos blocos acaba
ficando soerguido em relação ao outro. (Exemplo: Pico Olancha, localizado nos
Estados Unidos).
2. Montanhas de dobramentos: são
originadas a partir da ação de agentes internos de relevo, principalmente o
movimento das placas tectônicas. O choque ou atrito entre dois blocos
tectônicos gera o aparecimento de montanhas por causa do levantamento das
áreas. Esse tipo de montanha é uma formação recente, com elevadas altitudes e
datada na Era Cenozoica. Apresenta pouco desgaste erosivo. Exemplo: Cordilheira
dos Andes.
3.
Montanhas vulcânicas: são originadas a partir de vulcões (erupções
vulcânicas), em atividade ou não. Por esse motivo, apresentam grande quantidade
de rochas magmáticas extrusivas. Possuem altitudes médias.
4. Montanhas
de erosão: são originadas pelo desgaste das rochas que constituem o relevo
da área em questão. É um processo bastante prolongado: leva milhares de anos
para acontecer. Essas montanhas são formadas geralmente por rochas sedimentares
e são relativamente mais baixas.
As depressões são
formadas por meio de prolongados processos erosivos. Normalmente podemos
encontrar em suas laterais bacias sedimentares. A erosão
natural causada nessas bacias, seja por agentes exógenos (como água e
vento), seja por agentes endógenos (como tectonismo
e vulcanismo), origina as depressões.
Quando forças advindas do interior da Terra abalam a
superfície terrestre, provocando o afundamento de áreas, depressões são também
formadas. Rochas cristalinas e rochas sedimentares podem gerar
depressões quando sofrem desgaste e geram sedimentos que se acumulam nas áreas
mais baixas.

O
vulcanismo é uma manifestação da geodinâmica da Terra, em que grandes
quantidades de matéria e energia são transferidas do interior da Terra para a
superfície.Conseguem destinguir-se em dois tipos de vulcanismo:
Vulcanismo
primário - Pode ser, essencialmente, de dois tipos: o vulcanismo central
caracterizado pela presença de um vulcão e vulcanismo fissural.
Vulcanismo
Secundário - Refere-se a um conjunto de manifestações secundárias menos
espectaculares que as verificadas no vulcanismo primário, como a libertação de
gases ou\e água a temperaturas elevadas, com origem no interior da Terra. As
manifestações deste tipo de vulcanismo podem ser fumarolas e nascentes ou
fontes tremais.
Abalo
sísmico ou terremoto é um tremor da superfície terrestre produzido por forças
naturais situadas no interior da crosta terrestre e a profundidades variáveis.
Os abalos são causados pelo choque de placas rochosas situadas a profundidades
que vão desde 50 até 900 km abaixo do solo. Outros fatores considerados são
deslocamentos de gases como o metano e as atividades vulcânicas. Existem dois
tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos.
A
maioria dos abalos sísmicos é de origem natural da Terra, são chamados de
sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera
podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se uma pela outra. Através dessas
forças as rochas vão se alterando até seu ponto de tensão, posteriormente as
rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o processo
de deslocamento. A energia então é liberada através de ondas sísmicas pela
superfície e interior da Terra.
Maremoto
é um terremoto submarino. Esse tremor no Fundo do mar acontece quando as placas
que formam o leito dos oceanos se movimentam. Você se lembra do desenho das
camadas da Terra? Dê uma olhada…Repare na crosta terrestre, a camada mais
externa. Ela parece inteiriça, mas, na verdade, é formada por placas. Algumas
dessas placas deram origem aos continentes; outras formam o fundo dos oceanos.


CICLO DAS ROCHAS
O
ciclo das rochas é o processo de transformação das rochas, que mudam sua
composição mineralógica e propiciam a existência de seus três principais tipos:
magmáticas, metamórficas e sedimentares. A existência desse ciclo evidencia o
caráter dinâmico da litosfera terrestre, fruto tanto das ações dos agentes
endógenos quanto dos agentes exógenos de transformação da superfície.
Para
compreender o ciclo das rochas, é preciso primeiro entender como cada tipo se
origina.
Rochas
magmáticas ou ígneas:
essas rochas, como já afirmamos, surgem do processo de resfriamento e
solidificação do magma (cristalização), que pode ou não ter se originado de
rochas derretidas.
Rochas
metamórficas: quando
rochas preexistentes (podendo ser magmáticas, sedimentares ou até outras rochas
metamórficas) passam por uma alteração em sua estrutura em virtude da elevação
ou diminuição das condições de temperatura e pressão (metamorfismo), surgem as
rochas metamórficas. Um exemplo é o calcário (rocha sedimentar) que se
transforma em mármore.
Rochas sedimentares: surgem a partir da
compressão e junção de camadas de sedimentos, que se originam da fragmentação
(ou sedimentação) de outros tipos de rochas preexistentes. Após a sedimentação
dessas rochas, ocorre os processos de transporte e deposição que, após milhares
de anos, dão origem às rochas sedimentares.
AGENTES EXTERNOS DO RELEVO
Os
agentes externos são chamados também de agentes erosivos (chuva, vento, rios,
etc.) eles atuam sobre as formas definidas pelos agentes.
INTEMPERISMO
O
Intemperismo é um processo que resulta em alterações físicas e químicas nas
rochas e em seus minerais. Os principais fatores que geram esse processo são o
clima e o relevo. Esse processo de transformação também pode ser chamado de
Meteorização.
INTEMPERISMO FÍSICO
Provoca a desagregação da rocha sem alterar sua composição - variação diária da temperatura, congelamento da água em fendas nas rochas e variação na pressão sobre as rochas;

INTEMPERISMO QUÍMICO
Provocam a decomposição da rocha, alterando sua composição - oxidação, solução e hidrólise;

INTEMPERISMO BIOLÓGICO
Provocam a desagregação ou a decomposição da rocha - ação dos seres vivos.

TIPOS DE EROSÃO
Erosão Gravitacional
Esse tipo de erosão
costuma ocorrer em localidades muito inclinadas, como em cadeias montanhosas.
Consiste na ruptura e transporte de sedimentos proporcionados pela ação da
gravidade, com a deposição gradual de partículas de rochas das localidades mais
altas para os pontos de menor altitude.
EROSÃO EÓLICA
Erosão eólica é um tipo de erosão pelo vento com a retirada superficial de fragmentos mais finos.
A diminuição da velocidade do vento ou deflação ocorre frequentemente em regiões de campos de dunas com a retirada preferencial de material superficial mais fino , permanecendo, muitas vezes, uma camada de pedregulhos e seixos adaptando a superfície erodida.
Pode ocorrer forte erosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas ruiniformes e outras feições típicas de deserto|regiões desérticas e outras assoladas por fortes ventos.
Em locais de forte e constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio a regiões desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa), secos na maior parte do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam, muitas vezes essas playas.
Corrosão
Processo de desgaste
físico das rochas através, principalmente, do impacto e/ou atrito de partículas
transportadas pelo vento (eólica), pela água (fluvial, de marés, correntes) ou
pelo gelo (de geleira).E o vento "esculpe" as rochas, dando as formas.
Abrasão
Processo erosivo ou de
desgaste de rochas pelo impacto e/ou atrito/fricção de partículas ou fragmentos
carregados por correntes eólicas, glaciais, fluviais, marinhas, de turbidez,
pelo vai e vem de ondas.
Eólico
Processo, depósito
sedimentar ou feição/estrutura que tem o vento como agente geológico.
Exemplos: dunas em
desertos ou praias são depósitos eólicos; corrasão é o processo de desgaste e deflação
é o de erosão eólicas.
Deflação
Erosão pelo vento com a
retirada superficial de fragmentos mais finos
A deflação ocorre
frequentemente em regiões de campos de dunas com a retirada preferencial de
material superficial mais fino (areia, silte), permanecendo, muitas vezes, uma
camada de pedregulhos e seixos atapetando a superfície erodida.
Pode ocorrer forte
corrosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas ruiniformes e
outras feições típicas de regiões desérticas e outras assoladas por fortes
ventos.
Em locais de forte e
constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio a regiões
desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa), secos na
maior parte do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam, muitas vezes
essas playas.
Erosão
pluvial
A erosão pluvial é
provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da
chuva. Esta ação é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de
vegetação. A primeira ação da chuva se dá através do impacto das gotas d'água
sobre o solo. Este é capaz de provocar a desagregação dos torrões e agregados
do solo, lançando o material mais fino para cima e para longe, fenômeno
conhecido como salpicamento. A força do impacto também força o material mais
fino para abaixo da superfície, o que provoca a obstrução da porosidade
(selagem) do solo, aumentando o fluxo superficial e a erosão.
As
principais formas de erosão pluvial são:
erosão
laminar: quando a água corre uniformemente pela superfície
como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar
de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por grande prejuízo às
terras agrícolas e por fornecer grande quantidade de sedimento que vai assorear
rios, lagos e represas. Erosão Pluvial
Este tipo de erosão é
provocado pelas águas das chuvas. A água das chuvas pode escorrer sobre a
superfície do solo formando as enxurradas, ou infiltrar-se no terreno.
As gotículas de chuva,
ao caírem em um barranco ou em qualquer outro terreno, provocam a saltitação
(splash erosion) das partículas, tendo assim o que se chama de “ação mecânica
das gotas da chuva”, e é justamente esta que provoca o arrancamento e o
deslocamento de partículas. Quando o escoamento pluvial acontece é porque a
quantidade de chuva caída em uma determinada área é maior que o poder de
infiltração, dessa maneira formando as enxurradas, que irá esculpir de várias
maneiras os locais por onde passar.
A ação das enxurradas
vai, pouco a pouco, retirando a camada fértil do solo, tornando-o cada vez mais
improdutivo. Além disso, as enxurradas arrancam plantas e fazem desmoronar
barrancos.
A água da chuva que se
infiltra no solo pode também arrastar para baixo sais minerais diversos,
tirando-os do alcance das raízes e, portanto, empobrecendo a camada superficial
do solo. A ação da água que se infiltra no solo e que corre na superfície pode,
também, provocar desmoronamentos, formando grandes buracos conhecidos como
voçorocas. As voçorocas são comuns em terrenos arenosos e desmatados, podendo
atingir centenas de metros de comprimento e trinta ou mais metros de
profundidade.
A erosão pluvial é um
dos principais fatores que contribui para a diminuição da produtividade e
sustentabilidade dos solos agrícolas, podendo acarretar sua degradação. Vários
autores têm avaliado perdas de solo, água, nutrientes e matéria orgânica em
diferentes sistemas de uso e manejo do solo. No Brasil, o principal agente de
erosão é a água das chuvas. Infelizmente, em nosso país são muitos os exemplos
de terras ricas que se tornaram estéreis.
É importante lembrar
que a erosão pluvial do solo é o resultado da interação entre diversos fatores,
como o potencial erosivo da chuva, a suscetibilidade do solo à erosão, o
comprimento do declive, a declividade do terreno, o manejo de solo, de culturas
e de restos culturais e as práticas mecânicas conservacionistas complementares.
Erosão
marinha
A erosão marinha é um
longo processo de atrito da água do mar com as rochas que acabam cedendo
transformando-se em grãos. Esse trabalho constante atua sobre o litoral
transformando os relevos em planície e deve-se praticamente à ação de um fator
presente na termodinâmica: a convecção dos ventos, responsáveis pelo surgimento
das ondas, correntes e marés .
Tanto ocorre nas costas
rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção erosiva do mar
forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento
removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva
litoral.
Nas praias arenosas a
erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos
causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas humanas,
até a graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema,
podem ser tomadas diversas medidas de proteção, sendo as principais as
construções pesadas de defesa costeira (enrocamentos e esporões) e a
realimentação de praias.
Em Portugal, na região
de Aveiro, vive-se atualmente uma situação preocupante. A estreita faixa
costeira que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se
esta se verificar para além de várias populações serem afetadas, irá ocorrer
uma drástica mudança na salinidade da laguna, afetando todo o ecossistema.
No Brasil, no Arpoador
este fenômeno tem sido responsável pela variação cíclica da largura da faixa de
areia da praia.
Erosão
glacial
As geleiras (glaciares)
deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e
sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras,
deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.
Pode também ocorrer devido
à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas
porosas. No verão, a água acumula-se nas cavidades dessas rochas. No inverno,
essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros.
Terminado o inverno, o gelo funde, e congela novamente no inverno seguinte.
Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará, aos poucos, a rocha, após
um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e
consequentemente, levando à formação dos grandes paredões ou fiordes.
Erosão
fluvial
Erosão fluvial é o
desgaste do leito e das margens dos rios pelas suas águas. Este processo pode
levar a alterações no curso do rio. O relevo resultante da sedimentação das
rochas no processo de erosão é denominado Colúvio. A erosão das rochas pode
gerar ravinas, voçorocas e deslizamentos de terra, no qual estes sedimentos são
escoados para as partes mais baixas, formando colúvios e depósitos de encosta.
Consequências
da erosão
Os arrastamentos podem
encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
Morte da fauna e flora
do fundo dos rios e lagos por soterramento.
Turbidez nas águas,
dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para
a purificação e oxigenação das águas.
Arraste de biocidas e
adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e
flora nesses corpos de água.
Assoreamento: que
preenche o volume original dos rios e lagos e como consequência, vindas as
grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes
Instabilidade causada
nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes
massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes
tragédias (ver deslizamento de terra).
Excelentes imagens
ResponderExcluirobrigado
ExcluirExcelentes imagens.
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