Domínios morfoclimáticos do Brasil
O
extenso território brasileiro apresenta uma ampla diversidade de paisagens
formadas pela combinação de elementos naturais, como relevo, clima, vegetação,
hidrologia e solo. Elas foram denominadas de domínios morfoclimáticos,
expressão que faz referência às formas de relevo e ao clima.
De
acordo com o geógrafo Aziz Ab’Saber, são reconhecidos seis grandes conjuntos:
Domínio Amazônico, Domínio dos Cerrados, Domínio das Caatingas, Domínio dos
Mares de Morros, Domínio das Araucárias e Domínio das Pradarias. Nas áreas de
contato entre eles, existem as chamadas faixas de transição.
Os seis
domínios morfoclimáticos caracterizam-se por apresentar aspectos relativamente
homogêneos em uma extensa região, revelados principalmente pela configuração da
vegetação. As faixas de transição, por sua vez, apresentam características
híbridas, com peculiaridades distintas às dos domínios situados ao seu redor.
O mapa
a seguir aponta a localização dos domínios morfoclimáticos e das faixas de
transição. Apesar de serem bastante diferentes entre si, as faixas de transição
entre os domínios nem sempre são nítidas, embora comumente apresentem
associações de diferentes tipos de vegetação, que podem ser encontrados ora em
um domínio, ora em outro.
Brasil Domínios morfoclimáticos
De acordo com as características das formações vegetais predominantes, os domínios morfoclimáticos Amazônico, dos Mares de Morros e das Araucárias podem ser classificados como florestados. Os domínios dos Cerrados e das Caatingas, os quais são predominantemente compostos de savanas, e das Pradarias, formadas principalmente por gramíneas, espécies próprias da vegetação de campos, são classificados como não florestados.
Domínio Amazônia
Mapa do domínio morfoclimático Amazônia
O mais
extenso domínio morfoclimático é o
Amazônia. Ele está situado predominantemente na Região Norte, estendendo-se
também em parte do Nordeste (oeste do Maranhão) e do Centro-Oeste (norte do
Mato Grosso). É marcado pela exuberância da Floresta Equatorial e pela extensa
rede hidrográfica. Sua grandiosidade, contudo, é explicada pela intrincada teia
de relações em que, além da hidrografia e da vegetação, interagem relevo, solo,
clima e seres vivos que nele habitam.
Vista
de cima, a paisagem amazônica aparenta certa homogeneidade, quebrada apenas
pelos diferentes tons de verde, pela textura do dossel da floresta e pela
sinuosidade de seus cursos fluviais.
Entretanto,
uma observação mais apurada da floresta revela o grande mosaico formado pelos
vários estratos, com árvores e arbustos de diversas alturas recobertas de
epífitas, como os cipós, e uma multiplicidade de animais, sobretudo de insetos.
A
relação entre os cursos de água, as formações vegetais e a topografia da
superfície amazônica se revela em seus diferentes ecossistemas. Em uma
superfície plana com mínima declividade, os rios são sinuosos e apresentam
meandros. Na relação com o regime dos rios, identificam-se três compartimentos
florestais:
▶ Matas
de igapó: situadas junto às margens dos cursos fluviais, estão permanentemente
inundadas ou em contato com a água dos rios.
▶ Matas
de várzea: formadas por espécies vegetais que se adaptam às inundações sazonais
no período das cheias.
▶ Matas
de terra firme: desenvolvem-se nas terras um pouco mais elevadas que compõem as
depressões e os baixos planaltos e que molduram a planície aluvial. Não
atingidas pelas cheias dos rios, apresentam árvores com mais de 50 metros de
altura.
A
grande biodiversidade amazônica, sobretudo em sua flora, está diretamente
relacionada às condições climáticas. O clima equatorial caracteriza-se pela
elevada temperatura média anual, pela pequena amplitude térmica (tanto diária
quanto anual) e pelo grande volume pluviométrico.
A
elevada umidade e o calor intenso fazem parte de um ciclo quase diário,
resultante das interações entre a floresta, a atmosfera e os milhares de rios.
As fortes chuvas diárias, ainda que geralmente passageiras, regam as matas e avolumam
os rios. Mediante o intenso calor, a superfície devolve ao ambiente uma porção
significativa de água por meio da evapotranspiração. Na atmosfera, a
condensação origina e desenvolve as nuvens, que não tardam em despejar novas
chuvas convectivas.
A maior
extensão dos solos do domínio Amazônia
apresenta baixa fertilidade. O que garante a existência e a manutenção da
floresta é a própria floresta: a maior parte dos nutrientes decorre de sua
biomassa – ao serem decompostos, folhas, flores, frutos e galhos desprendidos
das árvores contribuem para a formação da extensa camada superficial do solo,
repleta de húmus. Por essas características, a maior parte da Amazônia não
apresenta características adequadas para agricultura ou criação de gado, já
que, sem a floresta, o ciclo de recomposição dos nutrientes do solo se rompe e
ele é significativamente degradado pelos fenômenos da lixiviação e laterização.
Contudo, o domínio Amazônia desempenha importantes papéis: abriga a maior e mais volumosa bacia hidrográfica do mundo (um quinto das águas fluviais do globo), guarda um valioso material genético e atua na regulação climática de grande parte do continente americano, além de apresentar imensurável valor para a produção de medicamentos, cosméticos e alimentos.
O
Domínio da Caatinga
Mapa domínio morfoclimático da caatinga
O domínio da Caatinga Situado no sertão
(interior) da Região Nordeste, em sua maior parte, é caracterizado pela
predominância dos climas tropical equatorial e tropical do Brasil Central, com
temperaturas médias elevadas em todo o ano e um longo período de escassez de
chuvas, muitas vezes excedendo a sete meses; o subtipo climático tropical
equatorial pode ser classificado como semiárido nessas áreas de escassez.
A baixa
precipitação anual é responsável pela existência de muitos rios intermitentes
ou temporários, isto é, seus leitos ficam secos durante o longo período sem
chuvas.
A
hidrografia do domínio da Caatinga,
contudo, também é marcada pelo curso do Rio São Francisco, que, de forma
perene, atravessa a superfície marcada por depressões e chapadas. O Velho
Chico, como há décadas é denominado pela população ribeirinha, tem papel
fundamental no processo de povoamento e na economia da região desde os tempos
coloniais.
Atualmente,
além do aproveitamento de seu potencial hidrelétrico, as águas do Rio São
Francisco garantem elevada produção na fruticultura regional. Por meio de
projetos de irrigação, suas águas regam solos carentes de chuva, mas ricos em
nutrientes minerais fundamentais para o desenvolvimento das culturas.
A
caatinga, cujo nome em tupi-guarani significa “mata pálida”, “mata
esbranquiçada”, é a formação vegetal que empresta seu nome a esse domínio.
Trata-se de uma vegetação híbrida entre a savana e a estepe, predominantemente
arbustiva.
As
plantas geralmente são adaptadas à escassez das chuvas (xerófitas ou xerófilas),
e muitas árvores são decíduas, ou seja, perdem as folhas durante a estiagem a
fim de mitigar a perda de água por evaporação.
Algumas
cactáceas, como o xiquexique e o mandacaru, apresentam espinhos no lugar de
folhas e acumulam água em seu caule. Além disso, muitas árvores e arbustos têm
caules com cascas grossas e raízes profundas. Embora nos planaltos e nas
chapadas predominem solos rasos e de baixa fertilidade, há solos mais profundos
nas partes mais baixas do relevo, com boa porosidade e ricos em nutrientes.
A
vegetação arbórea e arbustiva similar a uma savana ressecada, contudo, não é a
única formação fitogeográfica do domínio
Caatinga. Nas encostas das chapadas, e até em altitudes mais elevadas,
existem os brejos, compostos de matas úmidas e fontes perenes de água doce.
A
salinização dos solos em virtude da elevada evaporação, a exploração da água, a
caça predatória e a extração da lenha, principalmente para a fabricação de
carvão, constituem os principais problemas ambientais que afligem o domínio da Caatinga. Uma das questões que, nos últimos anos, motivou
intensos debates, sobretudo por conta das preocupações com a preservação do
Velho Chico, foi o projeto de transposição de suas águas.
Domínio
do Cerrado
Mapa domínio morfoclimático do Cerrado
O domínio do Cerrado Situado
principalmente na Região Centro-Oeste, mas estendendo-se a partes das regiões
Norte, Nordeste e Sudeste, caracteriza-se pelo predomínio de uma savana, onde
coexistem estratos arbóreos e arbustivos com vegetação herbácea ou rasteira.
Mesmo
com a superfície do relevo relativamente uniforme, apresentando extensos
planaltos e chapadões, as paisagens desse bioma são heterogêneas graças à
diversidade de formações vegetais. Há pelo menos cinco formações distintas:
▶ campos
limpos, formados quase exclusivamente por gramíneas;
▶ campos
sujos, com presença de
arbustos em meio à vegetação rasteira;
▶
cerrados, onde se concentram os arbustos e as árvores de pequeno e médio
portes;
▶ cerradões, nos quais as árvores se destacam, compondo bosques
sombreados;
▶
veredas, matas ciliares e floresta de galeria, formações arbóreas que molduram os cursos fluviais – dos estreitos e pouco definidos aos mais
largos.
As
diferentes condições topográficas (nos altos das chapadas, junto às encostas,
ou nos vales) e as características químicas dos solos, geralmente ácidos,
laterizados e de baixa fertilidade natural, contribuem para explicar tamanha
diversidade fisionômica. No Cerrado, a laterização dos solos é um processo cíclico:
durante a estação seca, com menor infiltração da água, ocorre a formação
superficial das lateritas com elevado teor de ferro e alumínio; na estação
chuvosa, elas são dissolvidas e os minerais retornam às camadas mais interiores
do solo, levados pela infiltração da água.
No domínio do Cerrado, encontram-se os
divisores de águas das mais importantes bacias hidrográficas que banham o
território brasileiro. Nos planaltos, nas encostas das serras e nos topos dos
chapadões sedimentares, nascem rios que podem seguir três direções distintas:
▶ para o
norte, unindo-se à Bacia
Amazônica ou à do
Tocantins-Araguaia;
▶ para o
leste, são afluentes do Rio São Francisco;
▶ para o
sul e o sudoeste, ajudando a formar os rios Paraná e Paraguai, que compõem a
Bacia Platina.
A
Estação Ecológica Águas Emendadas (unidade de conservação do Distrito Federal
que, em 1992, foi declarada pela Unesco como uma das partes que compõem a área
nuclear da Reserva da Biosfera do Cerrado pela diversidade de ecossistemas que
compreende) abriga um curioso fenômeno hidrográfico: de uma mesma nascente, em
uma vereda de cerca de 6 km de extensão, vertem as águas de dois córregos, os
quais seguem para direções contrárias. As águas desses córregos ajudam a formar
as bacias hidrográficas do Tocantins-Araguaia (seguindo para o norte) e do
Paraná (seguindo para o sul).
Como o
terreno é muito plano, no período em que as chuvas se concentram mais (de
janeiro a março), alguns trechos da superfície alagam e unem as águas das duas
bacias. Para os biólogos, esse fato é considerado um raro disseminador de
espécies. Nesse caso, em vez de divisor de águas das duas bacias, talvez caiba
uma nova definição para esse local: algo como “agrupador de águas”.
O clima
predominante no domínio do Cerrado é o tropical do Brasil Central, marcado por
duas estações bem definidas: a das chuvas (no verão) e a da seca (no inverno).
Assim, muitas espécies da flora do cerrado se adaptam a essas condições,
perdendo suas folhas durante os meses de seca e se recobrindo de folhas e flores
no período das chuvas. Essa capacidade de adaptação nos permite afirmar que
tais formações vegetais são consideradas tropófilas.
Domínio
dos Mares de Morros
Mapa domínio morfoclimático Mares de morros
Estendendo-se
ao longo de quase todo o litoral oriental, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande
do Sul, o Domínio dos Mares de Morros se expande mais para o interior apenas em
parte da Região Sudeste, especialmente no estado de São Paulo.
Sua
característica mais marcante, registrada no próprio nome atribuído ao domínio,
é a morfologia de seu relevo, representado predominantemente pelo compartimento
denominado Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste. O relevo apresenta
superfície irregular, composta de diversos morros na forma de meia-laranja, decorrentes
dos processos erosivos que se desencadeiam sobre as rochas cristalinas,
sobretudo granito e gnaisse.
A
elevada pluviosidade é um dos principais agentes modeladores dos planaltos e
das serras repletos de morros com suas vertentes
arredondadas.
A
umidade trazida pela Massa Tropical Atlântica (mTa) encontra um obstáculo nas
escarpas de encostas abruptas voltadas para o mar. Assim ocorrem as chuvas
orográficas, que caem em grande volume no decorrer do ano – principalmente no
verão – sobretudo na Serra da Mantiqueira e na Serra do Mar. A existência da
Mata Atlântica, formação fitogeográfica original desse domínio, está Associada
aos elevados índices anuais de precipitação (comumente acima de 2000 mm).
Tendo
sido o local de início do processo de colonização e exploração de recursos
naturais no Período Colonial (pau-brasil, cana-de-açúcar, tabaco, ouro, entre
outros) o Domínio dos Mares de Morros atualmente apresenta a mais elevada concentração
demográfica do país. Muitas das maiores metrópoles brasileiras situam-se nesse
domínio, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte.
Séculos de intensos impactos ambientais nessa região reduziram sua cobertura
florestal original em mais de 90%.
Essa
combinação de desmatamento em áreas de elevada declividade e alto índice
pluviométrico com a intensa ocupação urbana das encostas é um dos principais
fatores responsáveis pelos frequentes deslizamentos em áreas urbanas ou em
trechos de rodovias por toda a região.
Assim,
as áreas de Mata Atlântica preservadas nas unidades de conservação ganham
especial importância, como no caso da Serra da Bocaina, situada entre as
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Domínio das Araucárias
Mapa domínio morfoclimático das araucárias
O
Domínio das Araucárias situa-se inteiramente na Região Sul e é influenciado
pelas características climáticas da Zona Temperada em que está inserido.
As
araucárias, ou pinheiros-do-paraná (espécies mais representativas desse
domínio), além de serem coníferas que se desenvolvem no clima subtropical
úmido, apresentam outra característica que as distingue da maioria restante da
flora brasileira: suas folhas são estreitas ou aciculifoliadas, diferentemente do
que ocorre com as plantas tropicais.
O
ambiente natural das araucárias situa-se sobre o planalto e a depressão
periférica da Bacia do Paraná, principalmente em altitudes acima de 600 m e em
latitudes superiores a 24° S. Assim, o Domínio das Araucárias compreende as terras
localizadas entre o centro do Paraná e o norte do Rio Grande do Sul. Nessa
área, a temperatura média anual é inferior a 20 °C, o verão geralmente é ameno
e o inverno muitas vezes é rigoroso para os padrões térmicos dos brasileiros,
com a ocorrência de geadas e, eventualmente, neve.
A Mata
das Araucárias é uma floresta praticamente extinta; apresenta fragmentos
remanescentes apenas em alguns pontos isolados. Seu desmatamento ocorreu pela
extração de madeiras nobres, como pinheiro e imbuia, principalmente a partir do
fim do século XIX, e pela expansão da agricultura e da urbanização no interior
da Região Sul. Assim, símbolo e riqueza natural dos estados do Sul, a araucária
é uma espécie ameaçada de extinção.
Para
muitos brasileiros, principalmente para aqueles que residem na Região Sul, a
neve em nosso país não é exatamente uma novidade. Entretanto, esse fenômeno, sobretudo com certa
intensidade, é pouco comum mesmo no Sul do Brasil. Em julho de 2013, a neve
chegou a ponto de cobrir como um lençol branco alguns morros de Santa Catarina.
Domínio
das Pradarias
Mapa domínio morfoclimático das Pradarias
Assim
como no caso do Domínio das Araucárias, o das Pradarias localiza-se totalmente
na Região Sul e encontra-se sob influência do clima subtropical úmido. Situado
no sudoeste do Rio Grande do Sul, na região denominada Campanha Gaúcha,
apresenta extensas áreas de relevo aplainado recobertas por pradarias. Tais
campos limpos, formados por gramíneas e herbáceas rasteiras, são conhecidas
regionalmente como Pampas.
A
topografia é suavemente ondulada e suas pequenas elevações são conhecidas como
coxilhas. A vegetação quase homogênea de campos, onde se desenvolve
principalmente a pecuária extensiva, é interrompida ocasionalmente pelas
estreitas matas ciliares que acompanham lajeados ou riachos Faixas de transição
Nas áreas limítrofes entre os domínios morfoclimáticos (por vezes, em faixas
mais largas; em outras, bastante estreitas), encontram-se as faixas de
transição. Suas paisagens podem se constituir pela mistura das características
das formações vegetais dos domínios vizinhos Pecuária extensiva – atividade
econômica predominante no Domínio das Pradarias – Santa Maria, RS, 2018
pertencentes à Bacia do Rio Uruguai.
Os
solos arenosos situados em grande parte desse domínio têm sido degradados pela
atividade agropecuária, principalmente pelo pisoteio do gado. Assim, há algumas
décadas, são desenvolvidos programas para contenção do processo de arenização e
de recuperação da vegetação natural das pradarias.
Faixa
de Transição
Mapa da faixa de Transição (Professora:
Mirian de Oliveira Lira)
Nas
áreas limítrofes entre os domínios morfoclimáticos (por vezes, em faixas mais largas;
em outras, bastante estreitas), encontram-se as faixas de transição. Suas
paisagens podem se constituir pela mistura das características das formações
vegetais dos domínios vizinhos ou por abrigarem um conjunto específico de
ecossistemas, originários de condições climáticas, topográficas ou edáficas
(relativas ao solo) que resultam em paisagens completamente diversas daquelas
encontradas nos domínios que as cercam.
Por sua
expressiva biodiversidade, elas têm grande valor ecológico e demandam estratégias
de conservação. Entre as faixas de transição, destacam-se o Agreste, a Mata dos
Cocais, os pantanais (como o Mato-Grossense), entre outras.
Degradação
ambiental dos biomas brasileiros
Impactos
ambientais de diferentes níveis, dos mais moderados aos mais severos, afetam os
biomas brasileiros. Entre os principais fatores responsáveis pela deterioração
das diferentes paisagens do país, destacam-se:
▶ expansão das fronteiras agropecuárias, em especial das monoculturas e das
extensas pastagens sobre áreas de
savanas e florestas;
▶ adoção de técnicas inadequadas de produção agropecuária e irrigação;
▶
grandes projetos de mineração;
▶
construção de barragens;
▶ uso
recorrente da prática de
queimadas para abertura de clareiras, sobretudo na Amazônia e no cerrado;
▶ extração ilegal da madeira pelas indústrias madeireira e carvoeira;
▶ expansão das áreas
urbanas densamente povoadas para as periferias;
▶
pressão da especulação imobiliária na faixa litorânea;
▶
abertura de estradas e projetos de assentamentos rurais;
▶
poluição hídrica em áreas rurais e urbanas;
▶ práticas
de pesca e caça predatórias.
Muitas
das consequências dessas intervenções humanas sobre o meio já se manifestam,
como diminuição ou extinção de espécies da flora e da fauna; deterioração da qualidade
das águas superficiais, especialmente em rios, estuários e baías; ressecamento
de nascentes e leitos de cursos fluviais; alterações no regime e no volume de
chuvas; processos de savanização de florestas (substituição gradual da floresta
tropical ou equatorial, essencialmente pluviais e, portanto, úmidas, por
savanas semiúmidas e de ciclos sazonais de secas e chuvas), entre outros.
Escrito por: Mirian de
Oliveira Lira
Licenciada em Geografia pela
Universidade Federal do Acre (UFAC) e pós graduada em Educação, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável pela Faculdade Integrada de Várzea Grande (FIVE).
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