ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E SOCIAIS DO BRASIL




Baseado no último Censo (2010), podemos afirmar que o Brasil tem uma população urbana, jovem, com predominância de pessoas do sexo feminino. O IBGE estima que 84% da população brasileira resida em áreas urbanas, sendo que mais da metade tem idade entre 15 e 64 anos, existindo aproximadamente 96 homens para cada 100 mulheres no país. Além do mais, a população chegou aos incríveis 190 milhões de habitantes. Ressalta-se, porém, que apesar de a população ser jovem, os índices de envelhecimento aumentaram bastante.

A população brasileira cresceu muito nos últimos anos, havendo uma “explosão demográfica”. Para se ter uma ideia, o contingente populacional atual é mais que o dobro de 40 anos atrás. O que explica tal explosão é o crescimento vegetativo ou natural, que é a diferença entre os índices das taxas de natalidade e mortalidade.

DENSIDADE DEMOGRÁFICA

        


    O Brasil apresenta baixa densidade demográfica, cerca de 24 habitantes por quilômetro quadrado. Apesar de possuir uma grande população absoluta, seu território é bastante extenso, o que resulta nessa baixa densidade.

            É considerado, assim, um país pouco povoado. De modo geral, a densidade demográfica no Brasil é maior nas áreas próximas ao litoral. Nessas áreas se localiza a maioria dos municípios com mais de 10 mil habitantes.

População absoluta é o total de habitantes de um determinado lugar. Esse número é obtido por meio de levantamentos gerais da população e pela contagem de todos os habitantes de uma cidade, país ou região. 

NATALIDADE E MORTALIDADE 


No passado, as taxas de natalidade eram altas, o que contribuiu para que a atual população brasileira fosse jovem. Contudo, verificou-se que os índices de natalidade vêm diminuindo, contribuindo para uma mudança no perfil demográfico brasileiro. As pessoas de 0 a 14 anos, por exemplo, representavam 29% total da população em 2000, enquanto que em 2010 diminuiu para 24% do total.

Essa queda das taxas de natalidade pode ser explicada por dois fatores: 1) modo de vida urbano, onde os casais têm menos filhos do que no meio rural; 2) adoção de políticas públicas visando o planejamento familiar, tais como campanhas a favor do uso de preservativos e anticoncepcionais, como também a disponibilização gratuita de cirurgias de ligadura de trompas e vasectomia.

As taxas de mortalidade no Brasil também diminuíram sensivelmente, o que significa melhoria da qualidade de vida da população.

Esses dois fatores, taxas de natalidade e mortalidade, além do aumento da população, contribuíram também para o seu envelhecimento. Há, atualmente, cerca de 14 milhões de idosos no país (7,5% da população), sendo que em 2000 eram apenas 9 milhões (5,9% da população).

A PIRÂMIDE ETÁRIA BRASILEIRA

 


A estrutura etária da população brasileira representa a média de idade que o país possui a partir da quantidade de pessoas jovens (até 19 anos), adultas (de 20 a 59 anos) e idosas (a partir de 60 anos de idade). Já a pirâmide etária nada mais é do que o gráfico utilizado para expressar os dados referentes a essa quantificação, de modo a permitir uma melhor análise dessa questão.

A pirâmide etária da população brasileira vem se transformando ao longo dos anos, o que indica uma mudança no perfil demográfico do nosso país relativa ao crescimento demográfico nacional. Anteriormente, quando as taxas de natalidade eram mais elevadas, tínhamos uma pirâmide com a sua base mais ampla e um topo mais estreito, o que significava que o país era predominantemente jovem. Nos dias atuais, observa-se que nos encontramos em uma fase de transição.

Uma pirâmide etária estrutura-se por agrupamentos em barras horizontais de grupos de idades separados por sexo. As partes mais inferiores da pirâmide representam os grupos mais jovens em termos de faixas de idade, ao passo em que as suas partes superiores representam a população idosa. Assim sendo, percebemos que em 1980 éramos classificados como um país jovem e que, atualmente, somos caracterizados como um país adulto, em fase de transição para nos tornarmos um país idoso no ano de 2050.

Essa mudança no perfil populacional brasileiro deve-se à redução da natalidade ao longo do tempo, o que se soma à igual redução das taxas de mortalidade. Para se ter uma ideia, em 1960, a taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) no Brasil era de 6,21; já nos dias atuais, esse número despencou para 1,81. Por outro lado, a expectativa de vida no Brasil saltou de 54,6 para 73,6 nesse mesmo período.

Portanto, verifica-se que o Brasil está passando por um processo de envelhecimento populacional, ou seja, o aumento da média de idade de sua população. No entanto, a médio e longo prazo, isso poderá ser bastante problemático, pois isso contribuirá para uma redução proporcional da População Economicamente Ativa (PEA), que corresponde ao número de pessoas aptas a exercer algum trabalho. Ao mesmo tempo, os gastos sociais, sobretudo com o Previdência Social, elevar-se-ão, em um problema semelhante ao que é vivido atualmente em alguns países europeus.

ANÁLISE SOCIOECONÔMICA DA POPULAÇÃO

Outros indicadores importantes para verificar o padrão demográfico brasileiro e melhoria de sua qualidade de vida são a Expectativa de vida, taxa de mortalidade infantil e grau de escolarização. A expectativa de vida do brasileiro é de 71,7 anos, e vem aumentando nos últimos anos. A taxa de mortalidade infantil do país ainda é considerada alta, de 26%, porém vem diminuindo nos últimos anos. Em relação ao grau de escolarização, 9,6% da população não sabe ler e escrever, um dado também relativamente alto, mas é 4% menor em relação ao ano de 2000. 

PIB per capita e concentração de renda

Uma das formas usadas para avaliar a riqueza de um país, estado ou município é analisar o PIB per capita (por pessoa) de seus habitantes. Para calcular esse índice econômico, divide-se o Produto Interno Bruto (PIB) pelo total da população.

Em 2016, o PIB per capita anual do brasileiro foi de R$ 30.407,00. Entretanto, esse valor é uma média e não traduz a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres. A maior parte da riqueza encontra-se concentrada nas mãos de uma parcela mínima da população.

 

A pobreza no Brasil

Em 2016, segundo o IBGE, 6,5% dos brasileiros viviam em situação de estrema pobreza, o primeiro aumento desde o ano de 2009. A crise econômica mundial (iniciada entre 2008 e 2009), associada ao alto índice de desemprego e à redução dos benefícios em programas sociais destinados às pessoas de baixa renda, explica esse cenário.

Na última década, milhares de brasileiros saíram dessa situação, mas parte da população ainda vive em condições precárias. A proporção de individuais vivendo em estrema pobreza varia entre os estados e as regiões, mas é maior no Norte e no Nordeste do que no restante do país. Entretanto, mesmo nas áreas mais ricas, é possível encontrar pessoas nessa situação. 

Educação

 

A educação é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de uma população. Em bora o Brasil tenha avançado nesse campo nas últimas décadas, ainda há muito a ser feito.

A taxa de analfabetismo é o percentual de pessoas com15 anos de idade ou mais que não sabem ler nem escrever. No ano de 2015, no Brasil, essa taxa era de 8%.

Longevidade

 


                        Um país longevo é aquele em que a população apresenta expectativa de vida elevada. A boa qualidade dos serviços de saúde, que afetam diretamente as taxas de mortalidade adulta e infantil, é essencial para aumentar a expectativa de vida da população.

            A longevidade da população brasileira aumentou nas ultimas décadas, após o país reduzir a taxa de mortalidade infantil e elevar a expectativa de vida. No entanto, isso não ocorreu da mesma maneira em todos os estados.

 

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

 

            O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um município, estado ou país leva em consideração, para ser calculado, a renda, a educação e a longevidade de uma população. Seu valor varia) e quanto mais próximo de 1, melhor será a qualidade de vida. Os índices variam entre: IDH baixo, médio, elevado ou muito elevado.

            O IDH do Brasil evoluiu nas últimas décadas e, em 2015, alcançou o valor de 0,774, que é considerado elevado e é bem superior ao registrado em 1990

 

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