ECONOMIA GLOBAL E ORGANIZAÇÕES ECONÔMICAS MUNDIAIS




O fim da Guerra Fria, no início da década de 1990, marcou o começo da chamada Nova Ordem Mundial, em que os fluxos de mercadorias e serviços e capitais tornaram-se ainda mais intensos com a integração dos países que eram socialistas ao mercado internacional.
A globalização atual, ao mesmo tempo que fez as diferenças culturais interagirem, impôs uma série de hábitos de consumo semelhantes, como ingerir bebidas das mesmas marcas, alimentar-se nas mesmas redes de fast-food, assistir aos mesmos filmes e programas de televisão, usar os mesmo aplicativos no computador ou, ainda, vestir-se e comportar-se socialmente da mesma maneira. O mundo nunca se viu tão próximo – e por vezes tão parecidos -, como se pode constatar, por exemplo, nas diversas redes sociais da internet.
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NOVA ORDEM MUNDIAL

            A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.
A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000.
Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômico.

A GLOBALIZAÇÃO E A MUNDIALIZAÇÃO

economia global é o termo empregado em referência aos fluxos econômicos que se difundiram espacialmente por todo o mundo em razão do processo de globalização ou mundialização do capitalismo. Sua forma mais completa e acabada constituiu-se ao final do século XX, mais precisamente após a Guerra Fria, quando o sistema capitalista e todas as suas formas de produção difundiram-se em todas as partes do globo terrestre.
Em linhas gerais, a globalização econômica estrutura-se por meio de uma rede que envolve fixos e fluxos, ou seja, uma série de ligações entre os diferentes pontos por onde circulam mercadorias, capitais, investimentos e até empregos. Os principais centros desse sistema são as chamadas cidades globais, que abrigam as bolsas de valores, além de sedes de empresas e instituições de cunho internacional.
expansão da economia global fica evidente quando analisamos o aumento do número de importações realizadas em todo o mundo, ou seja, o quanto as mercadorias foram comercializadas entre diferentes países. Em 1950, o número de importações era de 64 bilhões de dólares; em 1980, esse valor saltou para mais de 2,5 trilhões; em 2010, esse número já havia alcançado a marca de 15,3 trilhões de dólares, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Diante disso, fica a grande questão: por que apenas nas últimas décadas a economia global conseguiu avançar dessa forma?
A grande razão para o elevado crescimento dos números do comércio internacional nos últimos tempos está nos avanços alcançados pelos sistemas de transporte e comunicação, que agora apresentam uma conectividade em nível global, permitindo a rápida difusão de informações e também de mercadorias e capital. Atualmente, com apenas alguns cliques, empresas e bancos fazem transações milionárias com dinheiro que se apresenta somente na forma de bits de computador. A era da informação, tal qual é chamada atualmente, permite o rápido deslocamento de qualquer coisa no espaço geográfico em um rápido período de tempo.
Aliás, não existem mais impeditivos em termos instrumentais para a total integração comercial de todas as economias. Afinal, já existe tecnologia suficiente para permitir a rápida comercialização entre quaisquer países, embora muitos deles não disponham de recursos e infraestruturas necessárias para o escoamento de produtos, além de importações em grandes quantidades. O principal entrave, atualmente, para o prosseguimento da expansão da economia global é o grande protecionismo comercial existente em alguns países, principalmente os desenvolvidos, que muitas vezes priorizam seus mercados internos em detrimento das importações por intermédio das chamadas barreiras alfandegárias.
De toda forma, a economia global encontra-se mais do que consolidada. Quem exerce papel preponderante nesse cenário não são os governos ou os Estados Nacionais, mas sim as empresas privadas, sobretudo as multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Elas, muitas vezes, dispersam seus processos produtivos em várias partes do mundo em busca de fácil acesso a matérias-primas, incentivos fiscais e mão de obra barata. Além disso, muitas dessas empresas dominam o mercado consumidor em várias partes do mundo, consolidando fusões entre si (trustes) e unindo-se em um grupo de empresas de administração comum (holdings).

AS GRANDES CORPORAÇÕES E AS TRANSNACIONAIS

 Funciona lá fora, funciona aqui: será? – Deivison Pedroza

            Empresas que possuem matriz em seu país de origem e atuam em outros países através da instalação de filiais, são classificadas como empresas transnacionais. O termo transnacional substitui o termo multinacional, pois o último pode ser interpretado como se a empresa pertencesse a várias nações, já o primeiro relaciona-se ao fato de a empresa ultrapassar os limites territoriais de sua nação para atuar no mercado exterior.
As primeiras empresas transnacionais surgiram no final do século XIX, entretanto, só atingiram o auge de atuação mundial após a Segunda Guerra Mundial. A maior parte das empresas transnacionais é de origem de países industrializados, que após terem conquistado o mercado interno montaram filiais em outros países, principalmente nos países em desenvolvimento.
Para os países em desenvolvimento, a instalação dessas empresas em seu território é um fator positivo, pois gera novos postos de trabalho, além de promover a industrialização na região.
Por sua vez, as transnacionais utilizam como critérios para montar suas filiais, locais com potencial de mercado consumidor, infraestrutura, matéria-prima, energia e mão de obra barata, além de possíveis doações de terrenos e isenções de impostos.
Os investimentos realizados por essas empresas são elevados, e o retorno financeiro é satisfatório em decorrência de uma série de motivos que foram citados anteriormente. O lucro é destinado a investimentos para a instalação de novas filiais, e outra parte é direcionada à matriz.
A globalização é um processo de fundamental importância para a atuação das empresas transnacionais, pois proporciona todo o aparato técnológico para os serviços de telecomunicação, transporte, entre outros, fatores essenciais para a realização eficaz das atividades econômicas em escala global.
Atualmente há registro de, aproximadamente, 40.000 empresas transnacionais em atividade, sendo a maioria originária dos países industrializados, no entanto, existem empresas de origem indiana, mexicana e brasileira.
Exemplos de empresas transnacionais com matriz no Brasil são: Vale do Rio Doce, Sadia, Perdigão, Weg, Alpargatas e Gerdau.
Empresas transnacionais conhecidas mundialmente: Coca Cola, Pepsi, Unilever, Mc Donald’s, Nestlé, Nike, Adidas, Puma, Volkswagen, General Motors, Toyota, Nokia, Sony, Siemens, Peugeot, Vivo, entre outras.

Transnacionais: concorrência e parceria


 Truste, cartel e holding – Geografia OpinativaTruste, cartel e holding – Geografia OpinativaTruste, cartel e holding – Geografia Opinativa
Duas características atuais do processo de transnacionais das empresas são concorrência e, ao mesmo tempo, a cooperação entre elas, por meio da formação de trustes, holdings e cartéis.
            Truste é o nome dado quando uma ou mais empresas que já detém grande parte de um mercado se unem ou se fundem, adotando práticas econômicas que lhes assegurem o aumento dos lucros.
É comum que, após o truste, aconteça também o aumento dos preços dos bens, produtos ou serviços que oferecem. No caso do truste, as empresas fazem uma fusão total, abdicando de sua autonomia financeira.
O truste pode ser classificado de duas maneiras:
·         horizontal: quando a fusão acontece entre empresas do mesmo setor, que acabam por dominar majoritariamente um mercado;
·         vertical: quando a fusão é entre empresas responsáveis por etapas distintas do processo de produção.
Holding é configurado holding quando várias empresas se unem e, uma delas, se torna responsável pela administração das demais, a partir da compra de suas ações.
Apesar de não haver necessariamente monopólio produtivo, a empresa centralizadora administra, controla e elabora as políticas financeiras das demais empresas.
O holding, por si só, é uma empresa que não produz e possui somente a função administrativa, comandando outras empresas de um bloco comercial, um conglomerado.
Exemplo: o Grupo Silvio Santos, que administra mais de 40 outras empresas.
Cartel quando duas ou mais empresas atuantes em uma mesmo segmento de produção e mercado estabelecem acordos - geralmente secretos - com o objetivo final de controlar as ofertas e os preços dos produtos de ambas, chama-se cartel. 
Os cartéis tiveram sua origem na Alemanha e se tornaram comuns durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais. Esta prática acaba por beneficiar as empresas, pois põe fim à livre concorrência.
É configurado cartel quando as empresas tabelam os preços de um produto. A prática se torna prejudicial para os consumidores, já que estes, por mais que procurem, não conseguirão encontrar o menor preço de um produto. Neste caso, as empresas são ainda independentes.
Exemplo: empresas de material escolar colocam seus respectivos cadernos - de mesmo tipo e qualidade - com um mesmo preço. 

No truste, a livre concorrência é também fortemente prejudicada.
Exemplo: a fusão das empresas Sadia e Perdigão, que atuam na mesma área. 

Petrobras: uma transnacional brasileira

Foi fundada no dia 3 de outubro de 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas, com o objetivo de executar as atividades do setor petrolífero no Brasil em nome da União. "É, portanto, com satisfação e orgulho patriótico que hoje sancionei o texto de lei aprovado pelo poder legislativo, que constitui novo marco da nossa independência econômica", já previa ele, há mais de 50 anos.
A criação da Petrobras é resultado da campanha popular que começou em 1946, com o histórico slogan "O petróleo é nosso". A Petrobras ( Petróleo Brasileiro S. A.) é a maior empresa genuinamente brasileira. Atua em várias áreas do setor energético, desde a exploração de gás e petróleo até a distribuição passando pelo refino e abastecimento. São de sua propriedade noventa plataformas de produção, cerca de 16 mil quilômetros de dutos, refinarias, grande frota petroleira (navios e caminhões) e mais de 7 mil postos de combustíveis.
Com sede no Rio de Janeiro e filiais em Angola, Argentina, Bolívia, Colômbia, Estados Unidos e Nigéria, a Petrobras é uma das 15 maiores empresas petrolíferas do mundo. É detentoras de uma das tecnologias mais avançadas na exploração de petróleo em águas profundas (Angra dos Reis- RJ).
Em 1996, a empresa colocou o Brasil no seleto grupo dos 16 países que produzem mais de um milhão de barris de petróleo por dia. Em 2006, a produção atingiu 1,9 milhão de barris, garantindo ao país autossuficiência em petróleo.

Crises econômicas e globalização

 Crise mundial do capitalismo: Uma ofensiva do capital contra os ...
            Com a crescente integração e dependência entre os países, caso ocorra uma recessão econômica em um país ou em um grupo de países, principalmente as grandes potencias políticas e econômicas, como Estados Unidos e a União Europeia, o mundo inteiro pode sofrer as consequências.
            Um exemplo é a crise financeira iniciada em 2008, nos Estados Unidos. Famílias empobrecidas não conseguiram mais pagar o financiamento de imóveis, o que levou à redução dos valores dos títulos de alguns bancos estadunidenses. Como consequência, esses bancos foram à falência. Houve também a redução dos investimentos, associada à insegurança de investidores, o desacelerou a economia internacional, em um processo que se refletiu fortemente na Europa e ainda mais em outros países de economia mais fraca. No Reino Unido, por exemplo, um grande número de imóveis foi posto à venda em consequência da crise iniciada nos Estados Unidos.

A ECONOMIA GLOBAL E O AUMENTO DO DESEMPREGO

            Atualmente, as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores exigem cada vez mais criatividade e qualificação; as empresas querem funcionários capazes de se adaptar às novas tecnologias introduzidas no processo de produção. As jornadas de trabalho e os salários estão mais flexíveis: a carga horária perde em importância para a qualidade do trabalho, e os pagamentos são efetuados de acordo com a produtividade de cada trabalhador. Em muitos casos.
            Cada vez mais, as atividades repetitivas que exigem pequena ou nenhuma qualificação do trabalhador, e até mesmo as de nível técnico, como as de pintor industrial ou as de torneiro mecânico, estão sendo substituídas por máquinas ou robôs. Muitas tarefas exigem das pessoas melhor formação e qualificação, capacidade de pesquisar e de aprender continuamente.
            Os trabalhadores sem qualificação são os mais prejudicados pelas inovações tecnológicas na agricultura, na indústria, no comercio e na prestação de serviços. Esses fatores causam desemprego no mundo todo, embora de modo diferente em cada local e grupo populacional.
            O que parece ser uma tendência mundial, no entanto, é o crescente desemprego entre os jovens, principalmente nos países em desenvolvimento, onde eles constituem uma proporção muito maior da força de trabalho que nos países com maior desenvolvimento. Nesses países, os jovens são vulneráveis ao subemprego e à pobreza.
            Não são a penas as inovações tecnológicas que provocam o aumento do desemprego no mundo. Há outras causas, que podem ser estruturais ou conjunturais.

O desemprego estrutural

            O desemprego estrutural é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos.

Estes novos elementos afetam os setores da economia de um país (indústria, comércio e serviços), causando demissão, geralmente, em grande quantidade.

Principais causas do desemprego estrutural (exemplos):

- Implantação de robôs no processo de produção industrial.

- Instalação de caixas eletrônicos em agências bancárias.

- Informatização em empresas e órgãos públicos, visando diminuir os processos burocráticos.

- Uso da Internet para serviços bancários, compras online e outros serviços.

- Adoção de processos administrativos eficientes nas empresas, visando otimizar o trabalho e reduzir a mão de obra.

- Introdução de novas tecnologias, que visam a substituição de mão de obra humana por computadores e máquinas automatizadas.

O desemprego conjuntural

            o desemprego estrutural é causado pela adoção de novas tecnologias e processos, o conjuntural é gerado por crises econômicas internas ou externas. Crises econômicas, geralmente, diminuem o consumo, as exportações, a produção e, por consequência de tudo isso, aumenta o desemprego.
Quando a economia de um país se recupera, após o fim de uma crise, o desemprego conjuntural tende a diminuir. No caso do desemprego estrutural, as vagas de emprego fechadas naquelas funções não são mais retomadas.

Desemprego estrutural e globalização

A globalização da economia, que ganhou força a partir da década de 1970, teve grande participação no aumento do desemprego estrutural no mundo todo. A globalização econômica fez aumentar a competitividade em âmbito internacional, principalmente através do comércio exterior, fazendo com que as empresas buscassem formas de reduzir custos de produção, comercialização e transporte. Entre estas formas, podemos citar as principais causas do desemprego estrutural: adoção de novas tecnologias e sistemas administrativos e produtivos de custos reduzidos (ambos com diminuição de mão de obra).

GLOBALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÕES ECONÔMICAS

            A reorganização mundial ocorrida após o fim da Guerra Fria deu origem a organizações econômicas em diferentes regiões do planeta, também chamadas blocos regionais. São países que se reúnem para estabelecer relações de comércio privilegiadas entre si. Todas as iniciativas de integração econômica e monetária visam facilitar e ampliar o comércio entre os membros e reduzir os custos de produção e de transportes, gerando maiores lucros. Também asseguram a redução ou eliminação total das alíquotas de importação.
            O primeiro bloco econômico a se formar foi a Comunidade Econômica Europeia, em 1957. A maior parte dos blocos econômicos, porém, se constituiu depois da Guerra Fria, com a extinção dos blocos socialista e capitalista. Tratados econômicos regem esses acordos e podem estipular diferentes tipos de relações econômicas. Observe o mapa com os principais blocos da atualidade


Blocos regionais e interesses nacionais

Muitos países não se limitam à Organização Mundial do Comércio e criam acordos de livre comercio com outros países, formando blocos econômicos regionais. A mundialização da economia capitalista gerou a segmentação do espaço econômico mundial por meio da formação de blocos econômicos.
A globalização pode enfraquecer certos Estados nacionais, pois os força a competir no mercado mundial. Muitos países se uniram para formar blocos regionais, visando a ter melhor proveito comercial.
Acordos bilaterais e blocos regionais constituem forças opostas à liberação mundial do comércio exterior, pois beneficiam os membros signatários dos acordos. Assim, limitam a expansão de um comércio mais livre aos países membros.
Blocos econômicos regionais são associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si. São classificados da seguinte forma:
 — Zona de Livre Comércio - há uma redução ou eliminação da cobrança de taxas alfandegárias sobre as mercadorias e serviços que circulam dentro do bloco, o que significa livre circulação.
 — União Aduaneira - além de permitir a livre circulação interna de mercadorias e serviços, também regulamenta o comércio de seus membros com países externos ao bloco.
 — Mercado Comum - garante a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais (dinheiro ou patrimônio) dentro do bloco.
Os blocos econômicos compreendem a formação de mercados regionais entres países a fim de dinamizar e integrar a economia de seus membros, através da livre circulação de mercadorias ou da redução dos impostos cobrados em importações. A tendência para a criação e difusão de blocos econômicos em todo o mundo aconteceu após o término da Guerra Fria, mas a sua prática começou a ocorrer após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Inicialmente, os blocos econômicos eram tratados como um contraponto, uma oposição à globalização. Imaginava-se que a sua formação iria potencializar as dinâmicas comerciais em nível regional e enfraquecê-las globalmente. No entanto, hoje se sabe que os blocos econômicos são, na verdade, um dos principais elementos que propiciaram a instrumentalização de uma economia em nível global.
Isso porque, além de integrar regionalmente os países, a formação dos acordos econômicos potencializa o comércio com o mercado externo, através de tarifas comuns e estratégias de mercado, visando atenuar os efeitos da concorrência e dinamizar as trocas comerciais.
O primeiro acordo internacional entre países a se constituir no mundo foi o Benelux, que seria a semente para a formação posterior da União Europeia. O Benelux consistia na união comercial com a redução de tarifas aduaneiras entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
Entre os principais blocos econômicos do mundo, podemos citar: União Europeia, CEI, Nafta, Apec, Asean, Mercosul e muitos outros.

Principais blocos econômicos do mundo

União Europeia é o principal bloco econômico da atualidade. Possui, atualmente, 28 países-membros, apresentando, além de uma dinâmica econômica e comercial acentuada, um elevado nível de organização, que inclui, até mesmo, a livre circulação de pessoas entre as nações que fazem parte do bloco.
CEI – Comunidade dos Estados Independentes – é a formação econômica constituída pelos países que faziam parte da antiga União Soviética (URSS), com exceção de Estônia, Letônia e Lituânia (que nunca fizeram parte do bloco), além da Geórgia (que deixou o grupo em 2009). A organização desse bloco se deve ao fato de que, quando a URSS surgiu e industrializou-se, ela interligou o comércio e as indústrias entre as diversas repúblicas que a compunham, o que as deixou extremamente interdependentes entre si.
NAFTA – North America Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – é integrado apenas por três países: Estados Unidos, Canadá e México. O bloco foi criado em 1993 para fazer frente à União Europeia. Sua organização se dá através do livre comércio.
Mercosul – Mercado Comum do Sul – foi criado em 1993 e envolve alguns países da América do Sul: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, enquanto Equador, Chile, Colômbia, Peru e Bolívia participam como membros associados.

ECONOMIA GLOBAL E O MUNDO PREDOMINANTEMENTE URBANO

            Nos dias atuais, com a globalização em estágio avançado de desenvolvimento e a maior conectividade da economia internacional, a urbanização dos principais centros do capitalismo mundial vem ganhando novos contornos, assumindo a frente da hierarquia urbana em todo o planeta. Essas cidades com elevado grau de desenvolvimento estrutural, econômico e político são classificadas como cidades globais.
As cidades globais são, desse modo, os principais pontos ou “nós” que formam a rede mundial que configura as dinâmicas da globalização. Elas centralizam em torno de si as principais decisões burocráticas, além de sedes das principais empresas e instituições internacionais públicas e privadas. Além disso, na maioria dos casos, essas cidades congregam um grande volume proporcional e cidades adjacentes, formando grandes metrópoles, embora isso não seja uma regra.
De um modo geral, podemos dizer que as cidades globais exercem uma função de coordenar as dinâmicas econômicas, políticas e burocráticas em todo o mundo ou em regiões específicas, pois carregam consigo serviços especializados, centros tecnológicos e científicos, sedes de grandes bancos, bolsas de valores etc. A cidade de São Paulo, por exemplo, exerce uma grande influência nos serviços, estruturas e negócios de toda a América do Sul; Nova York, por sua vez, realiza a mesma influência, porém em âmbito global.
Nova York, Tóquio, Londres, Xangai, Cingapura, Paris, Frankfurt, Los Angeles, Milão, Madri, Zurique, Sydney, entre outras tantas cidades são locais que se destacam no cenário internacional por concentrar um ampla rede de infraestruturas e serviços, mercado consumidor e mão de obra qualificada, capaz de atrair empresas transnacionais de diversos setores, bem como fluxos internacionais de capital financeiro da economia global.


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