O CAPITALISMO, O SOCIALISMO E SUAS CARACTERÍSTICAS
O
SISTEMA CAPITALISTA

No mundo,
existem dois tipos de sistema político-econômico: o capitalismo e o socialismo.
O sistema capitalista vigora desde o século XVIII. No entanto, no século XIX, o
capitalismo não estava agradando aos trabalhadores europeus, em razão da
condição de exploração em que viviam. Tal fato fez surgir no continente um
sentimento de mudança.
O socialismo é
uma doutrina política e econômica que surgiu entre o fim do século XVIII e a
primeira metade do século XIX, no contexto da Primeira Revolução Industrial.
Baseada sobretudo no princípio de igualdade, a corrente socialista emergiu como
uma forma de repensar o sistema capitalista.
Fases do capitalismo

1ª fase do sistema
capitalista: Capitalismo Comercial (Século XV – XVIII)
A fase do
capitalismo comercial é também chamada de pré-capitalista. Naquele
momento ainda não havia industrialização e o sistema estava baseado
em trocas comerciais. O modelo econômico adotado nesse período foi
o mercantilismo, que tinha como principais características:
·
o controle estatal da economia – o Rei controlava o mercado;
·
o protecionismo – proteção do mercado interno;
·
o metalismo – acúmulo de metais preciosos;
A crença
naquele momento era de que a riqueza disponível no mundo não poderia ser
aumentada, apenas redistribuída. Assim, os países buscavam a acumulação de
riquezas por meio da proteção da economia local e acúmulo de metais decorrente
das trocas comerciais que realizavam com outros países. Foi nesse período que
nações europeias exploraram os recursos de suas colônias, como aconteceu aqui
nas Américas.
artesanato
-
trabalho extremamente manual que era desenvolvido por um produtor ou artesão, o
qual era responsável por todo o processo produtivo, ou seja, da compra da
matéria-prima até a fase de acabamento.
manufatura
- foi
uma consequência do artesanato. Por conta da demanda social, o artesão de
dedicou à produção industrial, onde os comerciantes (fornecedores de
matérias-primas) contavam com os artesãos para a fabricação de utensílios, como
tecidos. Nesta perspectiva, o trabalho manual era dividido entre diferentes
artesãos, pois cada um tinha uma função (costura, tingimento, acabamento).
2ª fase do sistema
capitalista: Capitalismo Industrial (Século XVIII – XIX)
A
passagem do capitalismo comercial para o capitalismo industrial se deu em meio
à revoluções tecnológicas e políticas. A Revolução Industrial se inicia na
Inglaterra em 1760, e tem como seu marco principal a introdução da máquina a
vapor na produção, o que deu início à transição de uma produção manufatureira
para uma produção industrial.
produção
industrial tornava-se necessária, pois com o crescimento demográfico e expansão
das cidades era necessário que os produtos fossem criados e distribuídos com
mais eficiência e escala.
As
revoluções também tiveram um caráter político. Em 1789 inicia-se a Revolução
Francesa, movimento que buscava o fim da organização política, social e
econômica vigente na época; que oferecia privilégios a pequenas parcelas da
população e concedia poucos direitos ao povo.
Nessa
fase do capitalismo, o poder passou para as mãos da burguesia, que começou a
crescer com a intensificação do comércio. A economia durante o período do
capitalismo industrial estava baseada no liberalismo econômico. Essa corrente
de pensamento – cujo principal pensador foi Adam Smith – defendia o Estado
mínimo e a não intervenção estatal na economia. Segundo seus defensores, a lei
de oferta e procura e a competição do mercado, garantiriam melhores resultados
para a sociedade como um todo.
O modo de
produção vigente nos séculos de capitalismo industrial permitiram o aumento da
produtividade, a diminuição dos valores das mercadorias e a acumulação de
capital; por outro lado, esses avanços só foram possíveis a partir de condições
precárias de trabalho, jornadas de trabalho muito altas, diminuição dos salários e aumento
do desemprego.
3ª fase do sistema
capitalista: Capitalismo financeiro (a partir do Século XX)
O
capitalismo financeiro se inicia no século XX, depois do final da Segunda Guerra Mundial. Essa nova fase tem
seu início quando bancos e empresas se unem para obter maiores lucros. É nesse
momento que surgem as empresas multinacionais e transnacionais, e se
fortalecem as práticas monopolistas. Esse modelo, vigente até hoje, é
baseado nas leis das instituições financeiras e dos grandes grupos empresariais
presentes no mundo todo.
É um
período caracterizado por elevada concorrência internacional, monopólio
comercial, evolução tecnológica, globalização e elevadas taxas
de urbanização. É chamado de capitalismo financeiro, pois as grandes empresas
passaram a vender parcelas de seu capital na bolsa de valores, e a partir de
então, passou-se a produzir riqueza por especulação. Nesse momento, a
acumulação do capital chegou a níveis nunca vistos antes.
Em
decorrência das políticas liberais, em 1929, o sistema capitalista vive uma das
piores crises econômicas da história. Por
conta de uma produção em excesso nos Estados Unidos e da redução da demanda por
produtos desse país, as empresas perderam valor e houve a quebra da bolsa
de valores.
Para salvar o mercado,
o Estado teve que intervir
na economia e a partir de então adotou-se o sistema econômico Keynesiano, que
defendia a intervenção do Estado na economia para evitar crises e garantir o
consumo e o emprego. Esse sistema é também chamado de Welfare State,
ou Estado
de bem-estar social.
A partir
dos anos 1980, o keynesianismo perde forças e a ideia de Estado
mínimo e pouca participação estatal na economia retorna. Assim como os
liberais, os defensores do neoliberalismo, defendem que as
próprias regras do mercado vão garantir o crescimento econômico e o
desenvolvimento social.
O
neoliberalismo foi implantado no Brasil e em diversos países da América Latina,
seguindo as proposições do que se estabeleceu no Consenso de
Washington – uma proposta neoliberal para o desenvolvimento dos países da
região.
Características do
capitalismo
Propriedade privada dos
meios de produção. Os meios de produção pertencem predominantemente a uma pessoa
ou grupo de pessoas. Em Muitos países capitalistas, no entanto, o Estado detém
vários meios de produção por meio das empresas estatais, que atuam em áreas
como a da telefonia e a da mineração.
Economia de mercado. Caracteriza-se pela
atuação das empresas, que decidem como, quando, e onde produzir, estabelecendo
o preço e as condições de circulação das mercadorias, de acordo com a lei da
oferta e da procura.
Leia da oferta e da
procura.
Os preços das mercadorias variam de acordo com a procura do consumido e com a
quantidade do produto em oferta, isto é, a venda. Se há grande produção, o
preço das mercadorias tende a cair; se a produção é pequena tende a aumentar.
Concorrência. Para obter a maior
rentabilidade possível e conquistar mais consumidores, as empresas procuram
oferecer produtos a preços acessíveis. A concorrência amplia as opções de
compra do consumidor e pode reduzir os preços.
Trabalho assalariado. Por sua atividade, o
trabalhador recebe um salário, que, por sua vez, também é influenciado pela
leia da oferta e da procura: se o número de empregos disponíveis é maior que o
de trabalhadores, o valor do salário aumenta; ao contrário, em situação de
desemprego alto, o valor diminui.
O capitalismo e sua
expansão do trabalho

A DIT
(Divisão Internacional do Trabalho) é a distribuição da produção econômico-industrial
internacional. Considerando que é impossível que um único país seja
potencialmente produtor de todas as mercadorias, dividem-se os campos de
especialização produtiva pelas diversas partes da Terra.
A partir do século XX, com a Revolução
Técnico-Científica-Informacional e a consolidação do Capitalismo
Financeiro, temos a expansão das grandes multinacionais pelo mundo. Isso
acarretou na mudança da Divisão Internacional do Trabalho, que passou a ser
conhecida também por Nova DIT.
O SISTEMA SOCIALISTA

Socialismo refere-se a
qualquer uma das várias teorias de organização
econômica que advogam a administração e propriedade
pública ou coletiva dos meios de
produção e distribuição de bens, propondo-se a
construir uma sociedade caracterizada
pela igualdade de oportunidades e meios para todos os indivíduos, com um
método isonômico de compensação.
As características do sistema
socialista
Estatização. Também é
responsabilidade do Estado fazer o controle do valor e do pagamento dos
salários.
Economia planificada. O Estado realiza o
controle de todos os segmentos da economia e é responsável por regular a
produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc.
Configuração completamente diferente do sistema liberal que vigora no
capitalismo, no qual o próprio mercado controla a economia. Dessa forma, não há
concorrência e variação dos preços.
Pleno Emprego. Para executar suas
várias funções e diminuir as desigualdades sociais, o Estado garante emprego a
todos.
O socialismo na União
Soviética e no Leste Europeu
Na União
Soviética e todo Leste Europeu foi instaurado o
socialismo real, marcado principalmente pela enorme participação do
Estado. Esse fato fez emergir, de certa forma, um sistema um tanto quanto
ditatorial, tendo em vista que as decisões políticas não tinham a participação
popular.
O socialismo na China
A China,
desde o século XIX, era considerada “quintal do mundo”. Mao Tse-Tung liderou
uma revolução para desvinculá-la da exploração por parte de outras nações. A
partir do patriotismo o Partido Comunista Chinês elaborou uma linha autônoma de
socialismo, para desprender-se do vínculo com a União Soviética, o rompimento
criou uma rivalidade entre os dois países.
A Ordem Bipolar

A ordem
Bipolar foi a divisão política e econômica mundial em duas frentes: a
primeira, dos países Ocidentais era regida pelo modelo econômico capitalista,
enquanto que a União Soviética era a grande líder do modelo econômico
socialista.
Corrida armamentista e
corrida espacial

A corrida
espacial ocorreu na segunda metade do século XX entre a União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da
América pela
supremacia na exploração e tecnologia espacial. Entre 1957 e 1975, a rivalidade entre as duas superpotências durante a Guerra Fria focou-se em
atingir pioneirismos na exploração do espaço, que eram vistos como necessários
para a segurança nacional e símbolos da superioridade tecnológica e ideológica
de cada país. A corrida espacial envolveu esforços pioneiros no lançamento
de satélites artificiais, voo espacial tripulado suborbital e orbital em torno
da Terra e viagens
tripuladas à Lua
A competição
efetivamente começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1 em 4 de outubro
de 1957 e concluiu-se com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz em julho de 1975.
O Projeto de Teste Apollo-Soyuz passou então a simbolizar uma flexibilização
parcial das relações tensas entre a URSS (União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas) e os Estados Unidos.
A corrida espacial teve
suas origens na corrida armamentista que ocorreu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando tanto a União Soviética quanto os
Estados Unidos capturaram a tecnologia e especialistas de foguetes
avançados alemães. As consequência foram
simplesmente um aumento sem precedentes nos gastos com educação e pesquisa
pura, o que acelerou os avanços científicos e levou a tecnologias benéficas
para a população. Algumas sondas e missões famosas incluem os Sputnik 1, Explorer 1, Vostok 1, Mariner 2, Ranger 7, Luna 9, Apollo 8 e Apollo 11.
Guerra
Fria
A Guerra
Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) e a
extinção da União Soviética (1991), é a designação atribuída ao período
histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados
Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e
militar no mundo.
Causas
A União Soviética buscava implantar o
socialismo em outros países para que pudessem expandir a igualdade social,
baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade
social e falta de democracia. Enquanto os Estados Unidos, a outra potência
mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de
mercado, sistema democrático e propriedade privada.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o
contraste entre o capitalismo e socialismo era predominante entre a política,
ideologia e sistemas militares. Apesar da rivalidade e tentativa de influenciar
outros países, os Estados Unidos não conflitou a União Soviética (e vice-versa)
com armamentos, pois os dois países tinham em posse grande quantidade de
armamento nuclear, e um conflito armado direto significaria o fim dos dois
países e, possivelmente, da vida em nosso planeta. Porém ambos acabaram
alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã
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