População e trabalho

 

População Economicamente Ativa PEA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define a PEA como a mão de obra com a qual o setor produtivo pode contar, ou seja, é o número de habitantes em idade e condições físicas para exercer algum ofício no mercado de trabalho.

Nessa conceituação, a População Economicamente Ativa envolve aquilo que o IBGE classifica como população ocupada e população desocupada. O primeiro termo refere-se aos que possuem algum ofício em um período de referência, sendo esse ofício remunerado, não remunerado, por conta própria ou como um empregador. Já o segundo termo refere-se ao grupo de pessoas que não possuem emprego e que estão aptas a trabalhar, tendo realizado algum mínimo esforço para tal.

Dessa forma, em uma definição mais simples, costuma-se dizer que a PEA é a população empregada ou que possui condições de trabalhar e que realiza algum esforço para isso. Consequentemente, a População Não Economicamente Ativa refere-se às pessoas não classificadas como ocupadas e desocupadas, isto é, aquelas que não possuem idade, interesse ou condições de exercer algum ofício.

Bônus demográficos

bônus demográfico é resultado da redução da taxa de fecundidade (as famílias têm menos filhos) e da diminuição da mortalidade em uma população – quando as pessoas passam a viver mais. Isso aumenta a proporção de pessoas em idade de trabalhar (entre 15 e 64 anos) em relação à população dependente, crianças e idosos.

O DESEMPREGO E A ECONOMIA INFORMAL

Entre 2014 e 2016, o Brasil enfrentou uma forte crise econômica e, até hoje, vem sofrendo com as consequências no mercado de trabalho. Uma das grandes causas do desemprego foi a redução dos investimentos em vários setores, o que levou as empresas a produzir menos e a demitir parte de seus funcionários.

Vamos conhecer algumas das causas do desemprego:

Ø   Crise econômica a primeira grande causa do desemprego é a crise econômica. Ela faz com que as organizações busquem saídas para diminuir os gastos, e, muitas vezes, o primeiro passo é despedir parte de seus colaboradores.

Ø  Redução de custo para sobreviver à crise e ao mercado competitivo, as empresas começam a reduzir os seus custos. Uma empresa que fecha ou demite boa parte dos seus funcionários influencia a sobrevivência de toda a sua rede de fornecedores, em maior ou menor escala. O fato é que essa redução de custos pode ocasionar uma retração geral de uma economia.

Ø  Substituição de mão de obra por máquinas nas últimas décadas, a tecnologia vem avançando cada vez mais e, com sua ascensão, diversas vagas de emprego diminuíram ou até foram extintas. As indústrias estão tornando-se mais modernas e mecanizadas, utilizando mais máquinas e menos trabalhadores em sua linha de produção.

Ø  Necessidade de profissionais mais capacitados infelizmente, uma das maiores causas do desemprego no Brasil ainda é a falta de qualificação profissional. Essa razão está fortemente associada às outras citadas anteriormente, uma vez que, em tempos de crise, os primeiros cargos cortados são aqueles que podem ser substituídos por algo que custe menos (máquinas, softwares) ou podem ser exercidos por uma pessoa que já tem outra função dentro da empresa

 

TRABALHO INFANTIL: UMA VIOLAÇÃO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Trabalho infantil refere-se ao emprego de crianças em qualquer trabalho que priva-as da sua infância.

Consequências do trabalho infantil

As consequências do trabalho infantil na vida de crianças e adolescentes são inúmeras. Além de muitas vezes reproduzir o ciclo de pobreza da família, o trabalho infantil prejudica a aprendizagem da criança, quando  a tira da escola e a torna vulnerável em diversos aspectos, incluindo a saúde, exposição à violência, assédio sexual, esforços físicos intensos, acidentes com máquinas e animais no meio rural, entre outros.

A vivência plena da infância é essencial para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social das crianças, impactando diretamente na construção de uma vida adulta saudável. O que acontece nesta etapa do desenvolvimento pode gerar traumas irreversíveis.

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO


São diversas as desigualdades existentes na sociedade brasileira. Uma das mais evidentes refere-se às relações de gênero, menos relacionada à questão econômica e mais ao ponto de vista cultural e social, constituindo, a partir daí, as representações sociais sobre a participação da mulher dentro de espaços variados, seja na família, na escola, igreja, nos movimentos sociais, enfim, na vida em sociedade.

Nas últimas décadas do século XX, presenciamos um dos fatos mais marcantes na sociedade brasileira, que foi a inserção, cada vez mais crescente, da mulher no campo do trabalho, fato este explicado pela combinação de fatores econômicos, culturais e sociais.

Em razão do avanço e crescimento da industrialização no Brasil, ocorreram a transformação da estrutura produtiva, o contínuo processo de urbanização e a redução das taxas de fecundidade nas famílias, proporcionando a inclusão das mulheres no mercado de trabalho.

Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) realizada pelo IBGE em 2007, a população brasileira chega a quase 190 milhões de brasileiros, com a estimativa de 51% de mulheres. Segundo dados do IBGE de 2000, a PEA (População Economicamente Ativa) brasileira, em 2001, tinha uma média de escolaridade de 6,1 anos, sendo que a escolaridade média das mulheres era de 7,3 anos e a dos homens de 6,3 anos.

Uma constatação recorrente é a de que, independentemente do gênero, a pessoa com maior nível de escolaridade tem mais chances e oportunidades de inclusão no mercado de trabalho. Conforme estudos recentes, verifica-se, mesmo que de forma tímida, que a mulher tem tido uma inserção maior no mercado de trabalho. Constata-se, também, uma significativa melhora entre as diferenças salariais quando comparadas ao sexo masculino. Contudo, ainda não foram superadas as recorrentes dificuldades encontradas pelas trabalhadoras no acesso a cargos de chefia e de equiparação salarial com homens que ocupam os mesmos cargos/ocupações.

Ainda nos dias de hoje é recorrente a concentração de ocupações das mulheres no mercado de trabalho, sendo que 80% delas são professoras, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou trabalham em serviços de saúde. Mas o contingente das mulheres trabalhadoras mais importantes está concentrado no serviço doméstico remunerado; no geral, são mulheres negras, com baixo nível de escolaridade e com os menores rendimentos na sociedade brasileira.

Segundo o Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, do governo do Estado de São Paulo – quanto ao “comportamento do desemprego feminino na Região Metropolitana de São Paulo, observa-se que, em 1985, essa taxa era de 15,5% para as mulheres e de 10,1% para os homens, aumentando, em 2000, para 20,9% e 15,0%, respectivamente. Isso significa que na RMSP [Região Metropolitana de São Paulo], em 2000, uma em cada cinco mulheres que integravam a População Economicamente Ativa, encontrava-se na condição de desempregada.”

O total das mulheres no trabalho precário e informal é de 61%, sendo 13% superior à presença dos homens (54%). A mulher negra tem uma taxa 71% superior à dos homens brancos e 23% delas são empregadas domésticas. Necessariamente, a análise da situação da presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher, pela crítica ao entendimento convencional do que seja o trabalho e as formas de mensuração deste, que são efetivadas no mercado.

O trabalho não remunerado da mulher, especialmente o realizado no âmbito familiar, não é contabilizado por nosso sistema estatístico e não possui valorização social - nem pelas próprias mulheres - embora contribuam significativamente com a renda familiar e venha crescendo. O que se conclui com os estudos sobre a situação da mulher no mercado de trabalho é que ocorre uma dificuldade em separar a vida familiar da vida laboral ou vida pública da vida privada, mesmo em se tratando da participação no mercado de trabalho, na população economicamente ativa.

NOVAS PROFISSÕES

      Ao longo do tempo profissões são substituídas por outras ou passaram a ser realizadas por máquinas. Isso ocorre em função do desenvolvimento de novas tecnologias e de busca pelo aumento da produtividade e pela redução de custos em setores como indústria e a agricultura.

Diversos tipos de atividades foram totalmente automatizadas ou empregam apenas operadoras de equipamentos modernos- profissionais com formação especializada.

Trabalhadores com baixa qualificação profissional, em geral aqueles que procuram o primeiro emprego, são os mais prejudicados pela especialização e mecanização da produção, pois não conseguem assumir funções nas atividades modernizadas e tendem a migrar para as atividades de mais baixa remuneração.

Conhecimento sobre computação e informática também são cada vez mais valorizados no mercado de trabalho, com a ascensão de novas profissões ligadas à internet , como web designer (que desenvolvem páginas na internet) e profissionais voltados à criação de ferramentas nas redes sociais. Mas não é somente no campo da tecnologia que novas profissões estão surgindo. Entre as chamadas profissões do futuro, podemos destacar:

Ø  Advogado especializado em combater a pirataria industrial;

Ø  Engenheiro de segurança digital;

Ø  Desenvolvedor de aplicativo;

Ø  Especialista em marketing;

Ø  Controlador de mídias sociais;

Ø  Bioinformacionista (profissional de área de saúde que reúne conhecimentos de tecnologia e genética);

Ø  Gerontologia a (especialista no estudo do envelhecimento, em seus aspectos biológico, social e psicológico);

Ø  Programadores de internet;

Ø  Arquiteto de realidades virtuais aumentadas, entre outras.

 

Atividade

1.    Marque nas alternativas a seguir a que melhor explica o conceito de População Economicamente Ativa (PEA)

 

(A) Grupo social de pessoas que não integram o mercado de trabalho.

(B) Grupo de pessoas que trabalham sem carteira assinada.

(C) Grupo de pessoas empregada ou que possui condições de trabalhar e que realiza algum esforço para isso.

(D)  Grupo de pessoas desempregada por conta dos avanços tecnológicos.

 

Alternativa correta Letra: C

População Economicamente Ativa (PEA) corresponde aos habitantes que representam capacidade produtiva para o país, ou seja, aqueles que têm potencial de mão de obra.

 

2.    A respeito das implicações que envolvem o trabalho infantil, avalie as proposições a seguir e marque a alternativa falsa.

 

(A) A criança e o adolescente que trabalham estão altamente expostos a situações de risco, acidentes e problemas de saúde relacionados ao trabalho.

(B) As crianças que trabalham, apresentam maior desenvolvimento na aprendizagem na escola, visto que o trabalho não atrapalha os estudos.

(C) O trabalho na infância impossibilita o convívio com outras crianças e o desenvolvimento de atividades próprias da idade, como brincar e estudar, comprometendo, assim, o seu desenvolvimento social e educacional.

(D) No trabalho rural, as crianças estão expostas a ferimentos cortantes, queimaduras e acidentes com animais peçonhentos.

 

Alternativa correta letra: B

trabalho infantil prejudica a aprendizagem da criança, quando a tiram da escola e a torna vulnerável em diversos aspectos.

 

3.    A respeito da relação entre o papel social da mulher e o mercado de trabalho, estão corretas as afirmativas abaixo, exceto:

 

(A) O salário da mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos homens na atualidade, fator que fica ainda mais crítico quando nos referimos às mulheres negras.

(B) O número de mulheres que ocupam cargos de nível superior e chefia nas empresas supera o de homens, que se tornaram minoria nesses níveis hierárquicos privilegiados.

(C) Apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere aos diferentes gêneros.

(D) A mulher ainda procura conciliar as responsabilidades relacionadas com a sua atividade profissional e as tarefas familiares e domésticas.

 

Alternativa correta: letra D

O número de mulheres ocupando cargos de chefia e de nível hierárquico superior nas empresas ainda é menor que o de homens, embora elas sejam mais escolarizadas e possuam mais tempo de estudo que os homens.

4.    A integração da tecnologia com a construção das sociedades e do espaço geográfico, no momento atual da história, assinala o conceito de:

 

(A) espaço digital

(B) meio técnico-científico informacional

(C) espacialidade em rede

(D)  territórios virtuais


Alternativa correta letra B

meio técnico-científico-informacional corresponde à atual fase dos processos de transformação da natureza e de construção do espaço geográfico.

 

5.    A maioria dos países enfrenta os problemas do desemprego. Cite três fatores que levam ao desemprego?

 

Resposta:

Crise econômica, Substituição de mão de obra por máquinas e Necessidade de profissionais mais capacitados.

 

6.    Cite três das novas profissões também chamadas de profissões do futuro.

Resposta:

Engenheiro de segurança digital, Desenvolvedor de aplicativo e Especialista em marketing;

 

 

 


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