Disputas por recursos naturais (combustíveis, água, biodiversidade)

 


Conflitos pela água no mundo

Os conflitos pela água tendem a ampliar-se no mundo. Os principais pontos de disputa estão no Oriente Médio e na África.

A água é um imprescindível recurso natural, considerado como estratégico em razão da sua importância para a vida das pessoas e das sociedades e também por não se distribuir de forma igualitária no globo, havendo regiões que possuem menos e outras mais. Por esse motivo, os recursos hídricos sempre foram motivos, ao longo da história, de debates e disputas. No entanto, o que foi algo em menor grau no passado pode tornar-se a grande tônica do século XXI, que pode presenciar um número sem precedentes de conflitos pela água entre países.

Com o crescimento populacional e, principalmente, com a disseminação da agricultura moderna, a água vem sendo consumida de forma cada vez mais ampla e intensificada. Por outro lado, a poluição e o uso não sustentável da natureza provocam a diminuição de sua disponibilidade no mundo. Em muitos locais, a instabilidade política e tensões entre governos por causa da água já são realidade.

O Oriente Médio é um dos locais onde mais acontecem e podem acontecer disputas pela água. Aliás, ela já foi motivação para algumas ações em uma área de grande tensão política: em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel invadiu as Colinas de Golã, na Síria, tanto pela sua posição estratégica quanto pelo fato de essa localidade abrigar as nascentes do Rio Jordão, necessárias tanto para os israelenses quanto para a Jordânia.

Atualmente, no território da Palestina, a população local é privada de ter acesso às fontes locais pelo próprio governo de Israel, sendo um dos fatores que elevam a instabilidade política em uma área com grandes desertos e pouco potencial hídrico.

Outra zona de instabilidade geopolítica por causa da água é a Turquia e seus vizinhos Iraque e Síria. A questão ronda em torno dos rios Tigre e Eufrates, os quais abastecem sírios e iraquianos, mas possuem suas nascentes localizadas em território turco. Em 2009, uma seca na região diminuiu o fluxo dos rios e tornou as relações ainda mais tensas, uma vez que o Iraque passou a acusar os outros dois países de usarem acima do permitido as águas dos rios em questão, o que desencadeou falta de água no país. Os turcos, no entanto, afirmam que emitem mais água pelos rios do que o combinando em acordos internacionais. Enquanto isso, a tensão eleva-se na região e deixa em aberto a pergunta: será esse um foco de conflito armado no futuro?

Essa questão em torno dos rios Tigre e Eufrates não é uma grande novidade. A posição oficial da Turquia, por exemplo, é a de que “a água [dos rios] é tão turca como o petróleo do Iraque é iraquiano”. Em 1998, quase houve um conflito entre Turquia e Síria, pois os turcos iniciaram a construção de barragens e represas no leito do Tigre e também do Eufrates, o que diminuiria suas vazões nas áreas de suas jusantes.

 

A lógica em outras regiões do mundo parece ser a mesma: a disputa não é só pela água em si, mas pelo controle de suas nascentes ou por uma maior cooperação entre os países em cursos d'água que percorrem vários territórios políticos. Na África, o rio Nilo passa pela mesma disputa por parte de Etiópia, Egito e Sudão; ao mesmo tempo em que Botswana, Namíbia e Angola também disputam, de forma semelhante, a bacia de Okavango.

Além da disputa pelo controle de nascentes de grandes rios interterritoriais, a previsão para o decorrer do século XXI é a emergência de conflitos que também se associem a ações imperialistas, em que países passem a invadir ou controlar politicamente outros territórios em busca da obtenção de água ou a sua importação a um menor custo. Por esse motivo, é preciso pensar em saídas para evitar uma escassez ainda maior desse recurso, com medidas que visem à sua sustentabilidade.

Energia - Entenda por que o petróleo está no centro de atuais disputas políticas no mundo

Gerar energia é uma das necessidades fundamentais do mundo industrializado. Nos séculos 18 e 19, o carvão foi importante fonte de energia para a Primeira Revolução Industrial. No século 20, a utilização do petróleo e seus derivados substituiu o carvão como base da matriz energética mundial, um recurso natural não renovável. Os combustíveis fósseis envolvem questões econômicas, ambientais e também políticas a manutenção da segurança energética e a disputa pelo controle do petróleo são frequentemente associadas a fatores de conflitos em diversos países.

A região do Oriente Médio, por exemplo, é detentora das maiores reservas de petróleo em terra do mundo. A abundante matéria-prima sustenta o PIB (Produto Interno Bruto) de países como Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait, Qatar e Emirados Árabes. Anos atrás, essa riqueza foi um dos grandes motivos de conflitos que aconteceram na região, principalmente no Golfo Pérsico, como a Guerra do Iom Kipur (1973) entre árabes e israelenses, a Guerra Irã-Iraque (1980-1988) e a Guerra do Golfo (1991), quando o Iraque invadiu o Kuwait e sofreu intervenção dos EUA.

Na Ásia, a Rússia é a grande produtora de petróleo e gás e exerce influência sobre as rotas de exportação dos recursos energéticos produzidos na região do Cáucaso. Além de ser um dos maiores fornecedores de hidrocarbonetos para a União Europeia, parte de seu território funciona como corredor de gasodutos que também passam por ex-repúblicas soviéticas, como a Ucrânia.

A Europa importa 67% do gás que consome e praticamente a metade vem da Rússia. O atual conflito entre Ucrânia e Rússia, que anexou o território ucraniano da Crimeia, impacta diretamente o mercado de energia. O gigante soviético ameaçou fechar as torneiras de gasodutos caso sofra sanções econômicas da União Europeia, que considera que a Rússia está incentivando o separatismo na Ucrânia.

Na África, o Sudão do Sul, país criado em 2011 após a separação do Sudão, vive há cinco meses em uma guerra civil que já deixou milhares de mortos e uma legião de refugiados. O motivo é a disputa de poder entre tropas do governo e rebeldes, que acirra a tensão entre grupos étnicos no país. A ONU e organizações humanitárias alertam sobre o risco de uma epidemia de fome capaz de deixar o país ainda mais vulnerável.

Um dos panos de fundo do conflito é o controle dos dividendos do petróleo, base da economia do país, um dos mais empobrecidos do mundo. Em abril deste ano, as forças rebeldes tomaram o controle de poços petrolíferos. A matéria-prima representa 98% das receitas de exportação do Sudão do Sul e seria o principal potencial de desenvolvimento econômico do país.

Em 2012, o clima já era tenso na região. A maior parte das reservas se situa na fronteira com o vizinho Sudão, que com a perda de divisas, viu a economia piorar após a independência. O país do sul se recusou a pagar taxas pelo uso dos gasodutos no norte e, como retaliação, o Sudão impediu a passagem de navios petroleiros e o sul fechou poços de perfuração.

 Na América Latina, a Venezuela é o único país sul-americano a integrar a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), e suas reservas petrolíferas são a maior fonte de renda do país. Os EUA são o principal comprador do petróleo venezuelano. Em abril deste ano, o presidente Nicolás Maduro declarou a um jornal britânico que os recentes protestos da oposição no país estão sendo apoiados pelos norte-americanos, que teriam interesse em derrubar o governo para ter mais liberdade no mercado de hidrocarbonetos.

Em maio, o Congresso americano elevou a pressão pela imposição de sanções à Venezuela, com o argumento de que o país estaria violando direitos humanos na repressão a opositores e protestos contra o governo. Entre as sanções propostas, estaria o bloqueio à importação de petróleo.

História do petróleo no Brasil No Brasil

O petróleo nunca chegou a gerar um conflito armado, mas sua exploração sempre foi estratégica para o Estado. Desde o final do século 20, o Brasil aumentou progressivamente a produção de petróleo encontrado nos oceanos. Por anos o país buscou a meta da autossuficiência em petróleo. O objetivo foi alcançado pela primeira vez em 2006. Outro marco foi a descoberta dos campos de pré-sal, que prometem triplicar a produção brasileira. Hoje, o país se destaca pelo domínio da tecnologia de exploração do petróleo em águas profundas.

Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil iniciou um projeto de desenvolvimento industrial que buscava reduzir a das importações e a conquista da soberania econômica brasileira. Já havia poços de petróleo na Bahia, mas a produção era em pequena escala.

Durante o segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954), o presidente exerceu uma política econômica nacionalista e de investimentos em setores estratégicos, criando estatais nas áreas de mineração, aço e energia. “O petróleo é nosso!" foi o lema da campanha no início dos anos 1950.  Em 1953, Vargas promulgou a Lei 2.004 que criava a Petrobras, empresa estatal responsável pela exploração do petróleo no território brasileiro e encarregada do monopólio da atividade no setor.

No governo Juscelino Kubitschek (1956-1961), sob o slogan de “50 anos de desenvolvimento em 5”, o governo continuou a apostar na expansão do mercado interno e na industrialização com incentivos a diversos setores e abertura a investimentos estrangeiros, como a implantação da indústria automobilística, que teve um forte crescimento no período.

Durante o Regime Militar (1964-1985), o governo continuou a expansão da produção de petróleo e investiu em pesquisas geológicas. Em 1968, ocorreu a primeira descoberta de petróleo no mar, dado origem ao campo de Guaricema, em Sergipe.

Em 1973, OPEP triplicou os preços do produto. A crise se estendeu até 1980 e fez o preço do barril disparar em todo o mundo, e os gastos com importação acabaram influenciando a balança comercial e a recessão econômica do Brasil. Na Europa, a crise e a corrida armamentista da Guerra Fria (1945-1989) impulsionaram o investimento em usinas de energia nuclear, enquanto o Brasil buscava uma fonte alternativa para os combustíveis.

Nesse período, em 1975, o Governo Federal instituiu o Proálcool (Programa Nacional do Álcool), incentivo à produção de biocombustível, que substituiu a gasolina pelo etanol derivado da cana-de-açúcar e que teria papel estratégico na economia na década seguinte.

O monopólio estatal em relação ao petróleo chegaria ao fim em 1997, quando o governo Fernando Henrique Cardoso promulgou a Lei 9.478, que passou a permitir a produção, o refino, o transporte e a importação de petróleo por empresas diferentes da Petrobras.

No mesmo ano, o Brasil começou a incrementar o peso do gás natural na sua matriz energética com a construção do gasoduto Brasil-Bolívia. Em 2006, quando Evo Morales foi eleito presidente da Bolívia, ele nacionalizou empresas estrangeiras de exploração de hidrocarbonetos, como a brasileira Petrobras, que passou a pagar royalties mais caros pelo produto.

Na época, o exército boliviano ocupou todos os campos de petróleo e gás natural do país e o fato provocou um atrito diplomático com o Brasil. Depois, o presidente Lula reconheceu que o país tinha direito a soberania. Hoje, somos o principal comprador do gás boliviano.

Em 2007, o anúncio da descoberta do pré-sal em áreas oceânicas mudou o panorama do setor de petróleo no Brasil. Com a descoberta e a exploração das reservas do pré-sal, os royalties advindos dessa fonte tornaram-se alvo de disputas entre governos estaduais e municipais. A disputa se acirrou no final de 2012, em função de novas regras para o setor votadas no Congresso Nacional.

Biodiversidade deve ser protegida dos efeitos da guerra e do conflito armado

Tempos de guerra podem acelerar a degradação ambiental.Enquanto as pessoas lutam para sobreviver,os sistemas de gestão ambiental colapsame provocam danos a ecossistemas essenciais.

Por mais de seis décadas, conflitos armados foram registrados em mais de dois terços dos principais pontos de biodiversidade do mundo, representando severa ameaça aos esforços de conservação.

Em 2001, considerando o fato de que o meio ambiente frequentemente permaneceu como uma vítima não publicizada da guerra, a Assembleia Geral da ONU declarou 6 de novembro como o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerras e Conflitos Armados.

Em 27 de maio de 2016, a Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA) adotou uma resolução que reconheceu o papel da saúde dos ecossistemas e de recursos geridos de forma sustentável na redução dos riscos de conflito armado, e reafirmou seu forte compromisso com a total implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Na ocasião do 17º aniversário desde a aprovação da data, a ONU Meio Ambiente reuniu abaixo alguns lembretes históricos e contemporâneos do porque precisamos proteger a biodiversidade dos efeitos diretos e indiretos das guerras e dos conflitos armados.

1. Agente Laranja: por aproximadamente uma década, entre 1961 e 1971, durante a Guerra do Vietnã, militares norte-americanos espalharam milhões de litros de herbicidas e desfolhantes em vastas faixas do sul do Vietnã. A substância química mais disseminada foi o Agente Laranja, parte de uma destruição deliberada de florestas para privar as guerrilhas vietnamitas de sua proteção e camuflagem para atacar as forças dos Estados Unidos.

2. Guerras civis congolesas: desde meados dos anos 1990, uma série de conflitos armados sangrentos na República Democrática do Congo teve efeitos devastadores sobre as populações de animais selvagens, que têm servido como fonte de proteína para combatentes, civis que lutam pela sobrevivência e comerciantes. Consequentemente, pequenas espécies como antílopes, macacos e roedores, assim como grandes animais, como gorilas e elefantes selvagens, tiveram que arcar com o ônus da guerra. Apesar de haver muitas causas para esses conflitos — históricas, étnicas e políticas — a busca por controle, acesso e uso de recursos naturais tem sido um fator-chave para a violência. Os conflitos e a ilegalidade resultante também encorajaram criminosos a promover desmatamentos e processos danosos de mineração.

3. Pântanos do Iraque e poços de petróleo queimados: no início dos anos 1990, as tropas de Saddam Hussein drenaram os pântanos da Mesopotâmia, o maior ecossistema de terras úmidas do Oriente Médio, situado na confluência dos rios Tigre e Eufrates, em resposta a um levante xiita no sul do Iraque. Uma série de diques e canais reduziu os pântanos a menos de 10% de sua extensão original e transformou a paisagem em um deserto com crostas de sal. Mais recentemente, em 2017, militantes do Estado Islâmico incendiaram poços de petróleo na cidade de Mosul, no sul do país, liberando assim um coquetel tóxico de produtos químicos no ar, na água e na terra.

4. As florestas do Afeganistão: décadas de conflito destruíram mais da metade das florestas do país. O Afeganistão foi desmatado em até 95% em algumas áreas, parcialmente devido às estratégias de sobrevivência e ao colapso da governança ambiental durante décadas de guerra. O extenso desmatamento teve múltiplas implicações sociais, ambientais e econômicas para milhões de afegãos, incluindo o aumento da vulnerabilidade a vários desastres naturais, como enchentes, avalanches e deslizamentos de terra.

5. Ecossistemas do Nepal: durante o conflito armado entre 1996 e 2006, o exército, anteriormente responsável pela proteção das florestas, foi mobilizado para operações de contra-insurgência. Isso resultou na exploração irresponsável da vida selvagem e dos recursos vegetais, como ervas medicinais, incluindo Yarsagumba (Cordyceps sinensis) e Chiraito (Swira Chiraita), entre outros, por insurgentes e civis em áreas como o Parque Nacional Khaptad, na área de Conservação Makalu Barun.

6. Mineração e extração de madeira na Colômbia: décadas de mineração de extração de ouro não regulamentada no país causaram danos ambientais em áreas controladas pelos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Mineração, juntamente com a extração ilegal de outros recursos naturais, como a exploração madeireira, foi uma das principais fontes de financiamento para os rebeldes. Resultou na poluição de rios e terras com mercúrio, especialmente na bacia do rio Quito.

Apesar dos riscos que a guerra e os conflitos armados colocam para o meio ambiente, e do papel que os recursos naturais podem desempenhar no abastecimento ou na ampliação de conflitos armados, há também oportunidades significativas que ligam o meio ambiente e a construção da paz.

A ONU Meio Ambiente se uniu ao Instituto de Lei Ambiental, ao Instituto da Terra da Universidade de Columbia, à Duke University e à Universidade da Califórnia em Irvine para desenvolver um curso online sobre segurança ambiental e a construção da paz sustentada.

Atividade

1.    Observe o gráfico a seguir:



 

 

Adaptado de VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012.

 

Com base nas informações dos gráficos e em seus conhecimentos sobre a distribuição e utilização da água no mundo, assinale o que for correto:

 

(A) Apesar do quantitativo reduzido de água potável no mundo, sua distribuição é quase igualitária em todo o globo, caso contrário não haveria vida.

(B) O Brasil é um país privilegiado por ter a maior reserva de água do mundo, bem distribuída em seu território.

(C) A quantidade de água disponível no mundo não será um problema, haja vista que se trata de um recurso natural renovável.

(D) A água vem provocando algumas guerras e deve continuar sendo um importante elemento geopolítico no século XXI.

(E) A difusão e a propagação em larga escala das técnicas de dessalinização da água do mar vêm se configurando como importantes alternativas para combater a escassez desse recurso no planeta.

Alternativa correta: letra D

a)    Incorreto – A quantidade de água potável no mundo é mal distribuída pela superfície, havendo zonas (como o Oriente Médio) em que esse recurso é muito escasso e outras em que ele é abundante (como a América do Sul).

b)    Incorreto – O Brasil possui a maior reserva de água do mundo, porém ela é mal distribuída em seu território, concentrando-se na região Norte do país.

c)    Incorreto – Apesar de ser renovável, a água própria para consumo pode se exaurir, caso os índices de poluição e desperdício continuem aumentando.

d)    Correto – No Oriente Médio, por exemplo, houve diversos conflitos em que se buscava lutar pela posse de territórios que se encontravam em nascentes de grandes rios e cursos d’água.

e)    Incorreto – A técnica de dessalinização da água salgada ainda não é difundida por se tratar de uma técnica cara e pouco eficaz.

 

2.    (Enem) Segundo uma organização mundial de estudos ambientais, em 2025, duas de cada três pessoas viverão situações de carência de água, caso não haja mudanças no padrão atual de consumo do produto.

 

Uma alternativa adequada e viável para prevenir a escassez, considerando-se a disponibilidade global, seria:

 

(A) desenvolver processos de reutilização da água.

(B) explorar leitos de água subterrânea.

(C) ampliar a oferta de água, captando-a em outros rios.

(D) captar águas pluviais.

(E) importar água doce de outros estados.

 

Alternativa correta: letra A

a)    Verdadeiro – Numa perspectiva global, a reutilização de água seria a alternativa mais adequada para prevenir a escassez desse recurso. Essa atitude aliada à redução do desperdício, eliminação da poluição dos cursos d’água e desenvolvimento de projetos para uma melhor distribuição de água, poderá proporcionar água de boa qualidade para grande parte da população.

b)    Falso – Esse é um processo pode gerar custos elevados em determinadas regiões, sendo, portanto, inviável. Outro aspecto negativo dessa alternativa é que a retirada de água subterrânea em grandes quantidades desencadeia um desequilíbrio no ciclo natural da água.

c)    Falso – Essa medida não prevenira a escassez de água, pois irá causar uma exploração exagerada em alguns cursos d’água.

d)   Falso – A captação de águas pluviais (água da chuva) é uma boa alternativa no processo de preservação da água, no entanto, a questão solicita uma alternativa que possa ser estabelecida em âmbito global, e em algumas regiões essa medida não seria eficaz, pois existem lugares no planeta que apresentam índices pluviométricos baixíssimos.

e)    Falso – Essa medida não contribuirá para a preservação da água do planeta, visto que irá gerar um fluxo de retirada de água muito grande de alguns rios.

3.    (Enem) A falta de água doce no planeta será, possivelmente, um dos mais graves problemas deste século. Prevê-se que, nos próximos vinte anos, a quantidade de água doce disponível para cada habitante será drasticamente reduzida.

 

Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da água, alterando:

 

(A) a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível no planeta.

(B) a qualidade da água e sua quantidade disponível para o consumo das populações.

(C) a qualidade da água disponível, apenas no subsolo terrestre.

(D) apenas a disponibilidade de água superficial existente nos rios e lagos.

(E) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível no Planeta.

 

Alternativa correta: letra B

a)    Falso – As atividades humanas causam modificações na quantidade e, principalmente, na qualidade das águas, pois os efluentes gerados alteram drasticamente a composição das águas, causando a poluição hídrica.

b)   Verdadeiro – As atividades humanas alteram a quantidade da água através da grande utilização desse recurso, além dos desmatamentos, compactação e impermeabilização do solo que dificulta a infiltração de água, havendo uma redução de volume nos cursos d’água. A qualidade da água é afetada por meio dos esgotos gerados que são lançados nos cursos d’água sem o devido tratamento, essa atitude provoca a poluição hídrica.

c)    Falso – Compromete as águas subterrâneas, pois a água contaminada infiltra no solo e atinge o lençol freático.

d)    Falso – As atividades humanas causam alterações na composição química da água, e diminuem a quantidade de água no subsolo.

e)    Falso – A quantidade e a qualidade são comprometidas, se há pouca chuva será refletido na quantidade de água dos cursos d’água.

 

4.    A Guerra do Líbano, o conflito Irã/Iraque, a questão Palestina, a Guerra do Golfo são alguns dos conflitos que marcam ou marcaram o Oriente Médio. Das alternativas abaixo, aquela que corretamente explica essa situação conflituosa é:

 

(A) a disputa de terras favoráveis ao cultivo, como as encontradas na planície da Mesopotâmia, numa área desértica.

(B) os grandes lucros provenientes do petróleo que não beneficiam a maioria da população nos países árabes.

(C) o aumento, de forma rápida, do preço do barril de petróleo nos países membros da OPEP.

(D) a criação do Estado de Israel, sob a tutela britânica, numa região de ricas reservas de petróleo.

(E) o emaranhado de culturas, religiões e interesses estrangeiros numa área localizada a meio caminho entre a Ásia, Europa e África.

Alternativa correta: letra E

 

a)    Falso – Essa área não apresenta características favoráveis às atividades primárias. Os conflitos citados acima não foram desencadeados por motivos de apropriação de áreas para cultivo.

b)   Falso - A questão da Palestina não envolve questões petrolíferas, havendo disputas territoriais com o estado de Israel, principalmente, pela ocupação da cidade de Jerusalém.

c)    Falso - Os conflitos no Oriente Médio não têm como principal agente motivador o aumento do preço do barril de petróleo nos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

d)   Falso - A criação do Estado de Israel desencadeou uma série de conflitos no Oriente Médio, no entanto, a área destinada à sua construção não apresenta grandes reservas de petróleo.

e)    Verdadeiro – O Oriente Médio apresenta uma diversidade cultural imensa, o que muitas vezes gera conflitos armados. A criação de Israel nessa região agravou ainda mais esse processo. Além da localização do Oriente Médio ser, do ponto de vista geopolítico, extremamente estratégico, pois faz fronteira com a Europa e a África.

 

5.    Leia com atenção a informação a seguir:

 

Petróleo mais caro preocupa EUA, União Europeia e Japão.

 

Em 2004, os preços do petróleo no mercado internacional tiveram sucessivas altas, lançando dúvidas sobre o crescimento econômico mundial. A elevação do preço do petróleo é consequência de uma série de fatores e tem graves repercussões em alguns países.

 

A alternativa que NÃO apresenta corretamente uma dessas situações é:

 

(A) a alta do preço do petróleo interfere na economia japonesa que depende do petróleo importado.

(B) a principal função da OPEP é a de cartelizar ou controlar os preços do petróleo através da associação dos principais exportadores desse produto.

(C) o preço do petróleo depende das cotas de petróleo estabelecidas pelos países da OPEP.

(D) o preço do petróleo aumenta devido aos estoques acumulados pelos Estados Unidos.

(E) o preço do petróleo oscila devido à situação de insegurança existente no Oriente Médio.

 

Alternativa correta letra: D

 

a)    Correto – o preço do petróleo afeta diretamente a economia do Japão, pois esse país é o segundo maior importador desse produto.

b)   Correto - a principal função da OPEP é a de cartelizar ou controlar os preços do petróleo através da associação dos principais exportadores desse produto.

c)    Correto – a OPEP regula o preço, a produção e as cotas de petróleo entre os seus países-membros.

d)   Incorreto – os Estados Unidos não possuem estoques acumulados, pois são os maiores consumidores. E mesmo que possuíssem, isso contribuiria para o aumento da oferta e a consequente diminuição dos preços.

e)    Correto – as instabilidades políticas no Oriente Médio influenciam a alta dos preços do petróleo.

 

6.    Sobre a biodiversidade é correto afirmar que:

 

(A) O tráfico de animais não prejudica a biodiversidade de um determinado local, visto que a reprodução ocorre com rapidez.

(B) A biodiversidade é um conjunto de espécies de animais de um determinado local, não incluindo a fauna, pois essa não é um organismo vivo.

(C) O desenvolvimento urbano e econômico não ocasionou nenhuma perda para a biodiversidade em âmbito mundial.

(D) A biodiversidade é o conceito que abrange todas as formas de vida na natureza, incluindo as espécies animais, vegetais e os micro-organismos.

(E) A retirada de uma determinada espécie de seu habitat natural não altera a cadeia alimentar, pois outros animais poderão ocupar a sua função.

 

Alternativa correta: letra D

a)    Falso – O tráfico de animais altera o equilíbrio da natureza, pois esse ato interfere negativamente no ciclo de reprodução dos animais.

b)   Falso – A biodiversidade consiste na variabilidade da fauna, flora, micro-organismos e ecossistemas.

c)     Falso – As atividades econômicas afetaram – e ainda afetam – a biodiversidade do planeta, sendo o desmatamento um dos grandes vilões desse processo, pois vários animais morrem durante as queimadas ou perdem seu habitat natural.

d)   Verdadeiro – A biodiversidade engloba a variabilidade de espécies da fauna, flora, micro-organismos e ecossistemas de um determinado local, sendo, portanto, um conceito que inclui todos os elementos que constituem a vida.

e)    Falso – A retirada de uma espécie de seu habitat natural irá alterar a cadeia alimentar, pois esse animal tem uma função específica nesse processo, não sendo substituível.

 

7.    (UFPI) Preservar a biodiversidade constitui uma das condições básicas para manter os ambientes sadios no nosso planeta. Essa afirmação refere-se a uma preocupação:

 

(A) mundial, porque as espécies levaram milhões de anos para se desenvolverem e muitas delas podem desaparecer do mundo em poucas décadas, se a poluição e o desmatamento indiscriminado tiverem continuidade.

(B) regional, porque o desaparecimento de espécies de animais pode ser responsável por problemas alimentares e pelo aumento de pragas, pela ruptura da cadeia alimentar, em algumas regiões do mundo.

(C) apenas para os Estados Unidos e países da Europa que já destruíram quase totalmente suas florestas, por terem desenvolvido seu setor industrial há muito tempo.

(D) apenas para países e regiões que se organizaram politicamente em espaços áridos ou semiáridos, como a Namíbia e o Nordeste do Brasil, que dependem do pouco que resta de seus ecossistemas.

(E) apenas para países que utilizam uma tecnologia altamente desenvolvida, que precisam de organismos vivos como fonte original dos princípios ativos.

 

Alternativa correta: letra A

a)    Verdadeiro – A afirmativa enfatiza a importância da preservação da biodiversidade em âmbito planetário: “Preservar a biodiversidade constitui uma das condições básicas para manter os ambientes sadios no nosso planeta”. As atividades humanas têm gerado uma redução drástica da biodiversidade, sendo que muitas espécies estão ameaçadas de extinção, consequência da intensificação das queimadas, desmatamentos, atividade industrial, entre outros.

b)   Falso – A conservação da biodiversidade deve ocorrer em âmbito global, visto que os problemas não se restringem ao regional.

c)    Falso – O processo de preservação ambiental também deve ocorrer nos países em desenvolvimento e nos subdesenvolvidos.

d)   Falso – A preservação da biodiversidade é uma questão global, não sendo restrita a determinadas regiões do planeta.

e)    Falso – A biodiversidade deve ser preservada pelos países com elevado desenvolvimento tecnológico. Porém, esse processo deve abranger também todas as nações do planeta.

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